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Ministério Público Estadual - Rodada 49.2014

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Ministério Público Federal - Rodada 49.2014

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Delegado - Curso Prático Intensivo Delegado da Polícia Civil

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Ministério Público Estadual - Rodada 48.2014

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Discursiva Federal - Rodada 48.2014

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Ministério Público Federal - Rodada 48.2014

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PGE/PGM - Rodada 47.2014

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Defensoria Pública Estadual - Rodada 47.2014

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Sentença Estadual - Rodada 47.2014

Ministério Público Estadual - Rodada 49.2014

Em 04/12/2014, foi determinado arquivamento do Inquérito Policial 001/2014 após prévio requerimento do Ministério Publico do Estado de Sergipe.

Irresignada com a decisão de arquivamento, Império Romano Indústria e Comércio de Produtos Químicos Ltda., qualificada nos autos, por seu advogado (procuração anexa), tempestivamente, já que o despacho foi proferido na data de ontem, alegando, em síntese, que: a) o inquérito foi instaurado a partir de busca e apreensão, precedida de decisão judicial, lastreada em notícia de autor desconhecido recebida pela PM, que a levou ao Ministério Público, tendo este feito o requerimento; b) a busca foi realizada na residência do increpado (Procurador do Município de Aracaju), onde se encontrou prova de sua participação em esquema fraudulento de licitação que prejudicou a requerente; c) a notícia dava conta da existência de droga no local, sendo que campana policial constatou movimentação estranha e o descarregamento de latões que exalavam forte odor; d) o investigado, que reside em Aracaju, foi o subscritor de parecer decisivo para fundamentar a decisão do Prefeito Municipal de inexigibilidade de certame para a compra de veneno destinado ao combate ao aedes aegypti; e) em sua residência, foram encontradas agenda com anotações de encontros com representantes de empresas farmacêuticas, gravações de vídeo de negociação de preço de substâncias químicas e amostras grátis de diversas fábricas de produtos químicos; f) durante a apuração policial, o investigado foi conduzido a uma sala especial, onde teve de se postar diante de um vidro escuro, para que pudesse ser reconhecido pelo representante comercial da requerente; g) as investigações duraram 120 dias, sendo que as respectivas renovações de prazo foram autorizadas pelo Juiz, sem oitiva do Ministério Público; h) a Autoridade Policial realizou o indiciamento do Advogado do Município, mas o Ministério Público pediu o arquivamento porque, em investigação complementar, apurou que a substância química foi adquirida pelo menor preço de mercado e porque, depois do afastamento do sigilo financeiro e fiscal, devidamente autorizados, não se descobriu proveito econômico do servidor público. Em preliminar, o inquérito é nulo ou inexistente, pelas seguintes razões: a) Fundado em denúncia anônima, proibida pela CF; b) O pedido de busca foi encaminhado pela PM, bem como a diligência realizada por ela, sem legitimidade para tanto; c) Houve desvio de finalidade na busca e apreensão, porque destinada a apuração de crime de tráfico, mas resultou na apropriação de provas de outro crime. d) Houve violação do direito de defesa ao obrigar-se o investigado, que já estava na delegacia, a submeter-se a procedimento de reconhecimento, exigindo-se sua cooperação ativa, em desafio à CF (nemo tenetur se detegere; e) Houve violação de prerrogativa do Ministério Público, porque o inquérito foi devolvido à autoridade policial diretamente para novas diligências, subtraindo-o ao controle externo;  f) Incompetência do juízo de primeiro grau para determinar o arquivamento, de vez que um dos investigados ostenta cargo de Prefeito Municipal. No mérito, é preciso reconhecer que a conduta é típica (art. 89, da Lei 8.666/93), porque o agente público não realizou a competição como tinha de ser e a suplicante ficou prejudicada porque não pôde vender para o Município. Portanto, necessária a alteração do resultado, sob a perspectiva moral e material. 

Ante exposto, pede o desarquivamento do inquérito para se determinar que o Ministério Público ofereça denúncia, viabilizando a anulação da contratação feita e nova competição, ou, alternativamente, pede-se que se determine a instauração de novo inquérito policial para cabal apuração dos fatos. 

Os autos foram remetidos ao Ministério Publico.

Elabore, na condição de promotor de justiça substituto, a peca que entender cabível, sem acrescentar qualquer fato novo.  

 

Discursiva Federal - Rodada 49.2014

Em virtude da dissolução irregular da sociedade empresária, execução fiscal é redirecionada em face do sócio-gerente. A empresa, então, alega ilegitimidade, pois se constatato o ato ilícito do sócio, está afastada a responsabilidade da empresa. Analise a correção da tese em até quinze linhas

 

João e Maria, casados sob o regime da comunhão universal de bens, são proprietários de um imóvel urbano que foi declarado de utilidade pública para fins de desapropriação por decreto do prefeito municipal. Inviável a conciliação, a edilidade promoveu o processo judicial desapropriatório no qual apenas João figurou como réu. A sentença que transitou em julgado deu ganho de causa à Administração, confirmando o preço ofertado, decretando a expropriação e servindo de título para registro imobiliário. Já esgotado o prazo de 2 anos da ação rescisória, seria viável que Maria manejasse uma querela nullitatis insanabilis sob a alegação de que também deveria haver sido citada no processo, dada a natureza real da ação de desapropriação? Máximo de 15 linhas.

 

A desconsideração da personalidade jurídica implica desconsideração do bem de família? Resposta em até 15 (quinze) linhas.

 

  Sociedade empresária que não tenha vínculo societário com outra, nem mesmo indireto, pode atuar como controladora desta última? Responda sem desbordar de 20 linhas. 

 

Ministério Público Federal - Rodada 49.2014

O Ministério Público Federal ajuizou diversas ações penais no contexto da Operação Lava Jato. Numa delas perante a Vara Federal Especializada em Crimes Financeiros da Seção Judiciária do Paraná/PR, processou duas pessoas: uma pessoa ligada a um partido político e ocupante de função de direção na Petrobrás, que teria recebido propina de empreiteira contratada pela Petrobrás. E outra, ligada a uma empreiteira, que teria pagado propina ao primeiro denunciado. A principal prova apresentada pela acusação foi um acordo de delação premiada celebrado entre MPF e  um doleiro, o qual foi preso preventivamente antes da delação. Em busca de benefícios na pena, no doleiro preso apresentou cópia de comprovante de envio de dinheiro ao exterior e de anterior depósito do valor numa conta do primeiro denunciado com posterior saque, além da indicação de testemunha. Os crimes imputados pelo MPF foram: a) à primeira pessoa: a.1) corrupção passiva por ter recebido a propina; a.2) lavagem dinheiro por ter escondido o dinheiro enterrado no quintal de sua residência; a.3) evasão de divisas, por utilizar doleiro para enviar o dinheiro ao exterior para conta não declarado às autoridades brasileiras. b) À segunda pessoa foi imputado o crime de b.1) corrupção ativa pelo oferecimento da propina.
Em resposta escrita à acusação, a defesa do militante ocupante de função na Petrobrás foi nos seguintes termos: ilicitude das provas porque obtidas a partir de delação obtida sob coação da prisão preventiva; ou seja, o MPF utilizou do expediente da prisão preventiva para coagir pessoa a confessar crimes e a celebrar acordo de delação; inexistência de prova de que houve solicitação de vantagem indevida; inexistência de lavagem de dinheiro porque não existiu crime antecedente e porque, se tivesse havido, existe no Brasil a reserva de autolavagem.
Em resposta escrita à acusação, a defesa do representante da empreiteira foi no sentido de que no Brasil é atípico o fato pagar propina exigida por funcionário público. Confessa que houve pagamento dos valores informados, mas isso decorreu de exigência histórica em contratos entre Poder Público e empreiteiras, que, se não pagam, não têm adjudicado o objeto dos contratos ou, se o têm, não recebem corretamente os valores que lhes são devidos.
Em instrução a que responderam presos os réus, ouviram-se testemunhas, dentre as quais o doleiro, que é réu noutros processos e foi libertado após celebrar a delação.
Na oitiva do doleiro, as defesas impugnaram sua oitiva em juízo, pois coautor do crime não pode ser testemunha. O juiz rejeitou a impugnação e ouviu o doleiro, que confirmou e provou os termos da delação.
Ouviu-se testemunha que confirmou ter visto dinheiro vivo em grande quantidade ser enterrado e desenterrado na casa do primeiro denunciado. Este depoimento foi impugnado pelas defesas porque essa testemunha, arrolada pela acusação, foi ouvida por precatória e na data de sua oitiva já havia sido ouvida testemunha da defesa.
As demais testemunhas ouvidas nada acrescentaram.
Encerrada a instrução, foi perguntado às partes se pretendiam requerer diligências advindas de fatos apurados nas audiências. O MPF disse que não. Os advogados de defesa disseram que se recusam a atuar em feito eivado de ilegalidades.
O juiz abriu vista ao MPF para alegações finais.
Só consulte lei seca. Os fatos são só os declarados. Não crie fatos novos.

 

Delegado - Curso Prático Intensivo Delegado da Polícia Civil

Em 17 de julho de 2014 (segunda-feira), por volta das 21h, quando descia na parada de ônibus do bairro de sua residência, na cidade de Ceilândia-DF, após um dia inteiro de trabalho, André da Silva, de 19 anos, foi abordado por três homens que, ameaçando-o com uma arma de fogo, levaram-no para o terreno baldio ao lado, onde dois deles forçaram-no a relações sexuais. Não houve testemunhas da violência sexual. Após os atos libidinosos, André da Silva foi vítima de golpes contra a cabeça e o tórax. Desmaiado, permaneceu assim até o dia amanhecer, quando foi encontrado por populares que passavam no local. Juliana, uma empregada doméstica moradora do bairro, foi quem ligou para a Polícia Militar. Assim que deixaram o terreno baldio, os três homens seguiram caminhando pela rua e, por volta das 22h30h, abordaram, com uso da mesma arma de fogo, um casal de jovens, Mauricio e Eliana, subtraindo um laptop dele, sua carteira e a bolsa dela, com documentos e dinheiro, além de outros pequenos pertences deles. Após o fato, os três homens apressaram-se em direção a um estacionamento de um minimercado, onde, de posse das chaves de um veículo, evadiram-se do bairro. Na fuga, deixaram a arma de fogo cair no chão do estacionamento. 
Foi instaurado o competente inquérito policial, tombado no 12º Distrito Policial, sob o n.º 0082/2014, para apurar a autoria e as circunstâncias dos fatos. Nos autos do inquérito, consta que foram ouvidos dois vigilantes do minimercado, que descreveram os três homens como brancos, altos, tatuados e igualmente de cabelos raspados. Os dois vigilantes disponibilizaram as gravações da câmera externa do minimercado, que revelou a placa do veículo sedã preto (JEC 1212/MG) em que os autores fugiram. Na ocasião, foram apresentadas fotografias de possíveis suspeitos aos vigilantes, que formalmente reconheceram, no auto de reconhecimento fotográfico, apenas dois rapazes: Ivanildo de Moura, vulgo “Predador”, e Amarildo da Luz, vulgo “Tapete”. O terceiro indivíduo não foi identificado. O casal Maurício e Eliana foi ouvido em termo de declarações e ambos alegaram ter plenas condições de identificar os autores dos fatos, o que fizeram a partir das fotografias e das imagens da gravação da câmera do minimercado. Maurício disse que “Predador” segurava a arma de fogo para que “Tapete” tomasse deles os pertences pessoais. O terceiro indivíduo não foi identificado. Nada souberam informar sobre a violência sexual sofrida por André da Silva. 
Juliana, ouvida em termo de declarações na delegacia, informou ter visto o jovem André da Silva caído no matagal do terreno baldio próximo a parada de ônibus, pensando tratar-se de uma pessoa morta. Sobre o fato da violência sexual em si, nada soube informar. André da Silva, ouvido em termos de declarações após 2 dias de internação no hospital, revelou que três homens o levaram para um terreno baldio e agiram com estupidez e violência, ameaçando-o de morte com uma arma de fogo. Descreveu a fisionomia dos três homens e, vendo as fotografias, confirmou que dois deles eram “Predador” e “Tapete”. O terceiro indivíduo não foi identificado. A vítima também revelou que cada um dos homens identificados o violentou sexualmente, um após o outro; e que, quando já estava caído no matagal, sofreu golpes na cabeça e no tórax, todos da parte do terceiro indivíduo não identificado, que agia com violência mais intensa que os comparsas. Após, afirmou não se lembrar de mais nada; vindo a acordar já no hospital. A vítima mostrou-se apavorada, ademais, por ter tido que tomar coquetel antirretroviral para AIDS no hospital. 
Juntaram-se aos autos o laudo de exame pericial da arma de fogo, que atestou sua incapacidade balística para disparo por enferrujamento, bem como a absoluta ausência de projéteis no estojo; e o laudo de perícia papiloscópica, que constatou fragmentos digitais de uma palmar, as quais, verificadas no banco de dados, confirmou-se pertencerem a Ivanildo de Moura. Também veio aos autos o laudo de exame de corpo de delito de André da Silva, que atestou a presença de lesões e lacerações no ânus, bem como de hematomas nas pernas, tórax e cabeça. Durante as diligências, apurou-se que o veículo sedã preto (JEC 1212/MG) estava registrado em nome Adalberto de Moura, pai de Ivanildo de Moura. 
Na folha de antecedentes criminais (FAC) de Ivanildo de Moura, constam oito passagens por furto simples, tráfico de drogas, além de um homicídio. Na FAC de Amarildo da Luz, constam duas passagens por ameaça e furto simples. No endereço do pai de Ivanildo de Moura, os policiais não encontraram o filho. Ouvido em termo de declarações, o pai, de 68 anos, não soube dizer o paradeiro do filho, mas esclareceu que considerava Amarildo da Luz seu genro, uma vez que o filho era assumidamente homossexual; e que os dois, usuários de drogas, moravam ali, embora passassem dias, muitas vezes, sem aparecer em casa. O pai avisou ainda que ambos tinham por hábito dormir na rua para consumir drogas, sempre no mesmo lugar, sob a marquise de uma agência do Banco do Brasil, na Praça dos Eucaliptos, em Ceilândia Norte, no Distrito Federal. Não soube dizer quem poderia ser o terceiro indivíduo na companhia de seu filho e de seu genro.
O inquérito policial tramitou por 25 dias, encontrando-se conclusos para o presidente da investigação, restando a complementação de outras diligências para identificar o terceiro indivíduo e evidenciar, por novas provas, a conduta dos indiciados. Diante desse relato, na condição de Delegado de Polícia, proceda à remessa dos autos ao Poder Judiciário, elaborando a peça pertinente ao caso. Tipifique as condutas e fundamente suas explanações. Não crie fatos novos.  

 

Maria Rosa, nascida no interior do Piauí, foi para o Distrito Federal aos 16 anos na expectativa de trabalhar como empregada doméstica, mas, inexperiente, não conseguiu emprego. Após dois anos morando na casa de uma prima de sua mãe, na cidade satélite de Ceilândia, uma região social e economicamente desfavorecida, Maria Rosa conheceu Joaquim, de 24 anos, empregado com carteira assinada numa empresa de prestação de serviço de entrega rápida. Joaquim trabalhava como entregador, fazendo uso de uma motocicleta da empresa, regularmente. Com apenas 4 meses de relacionamento afetivo, Maria Rosa engravidou. O casal decidiu alugar uma casa de alvenaria nos fundos do terreno onde a prima da mãe de Maria Rosa morava e viver juntos, ali em Ceilândia. Maria Rosa permaneceu sem emprego e Joaquim era responsável por todos os custos de vida da jovem família. 
Com a notícia da gestação, a mãe de Maria Rosa, Dona Juracinda, de 65 anos, veio do Piauí para apoiar a filha durante o pré-natal e nos preparativos para a maternidade, hospedando-se na casa de alvenaria de dois quartos. A convivência do casal foi se tornando difícil, em especial por causa de dívidas e dificuldade de comunicação. Xingamentos e empurrões passaram a fazer parte da rotina do casal. Joaquim passou a beber com frequência, consumir drogas e a ameaçar Maria Rosa. Já havia 5 meses que a sogra havia chegado, quando, na manhã de 21 de setembro de 2014, um domingo, após voltar de uma festa na noite anterior, o casal teve uma discussão mais violenta. Maria Rosa, grávida de 7 meses, irritada com as grosserias do companheiro, trancou-se no quarto do casal, pegou uma tesoura e cortou todas as camisetas de Joaquim. Aos berros, Maria Rosa vociferava palavrões contra Joaquim, chamando-o de “burro”, “frouxo” e “filho da puta”. 
Após arrombar com um pontapé a porta de madeira MDF e ver suas roupas estraçalhadas, Joaquim, que não havia dormido ainda após voltar da festa, descontrolou-se e passou a espancar sua companheira. Com tapas, murros e socos, Joaquim agrediu Maria Rosa, que caiu ao chão desmaiada. Em meio à discussão, Dona Juracinda apareceu para conter os ânimos e tentar proteger sua filha. Movido pela fúria, Joaquim pegou uma arma de fogo, um revólver calibre 38, que havia comprado numa feira em Ceilândia, e desferiu três tiros à queima roupa contra a sogra. Dona Juracinda foi socorrida pelos vizinhos e levada ainda com vida ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu. 
Maria Rosa foi internada em estado grave e sofreu aborto decorrente da gravidade das agressões, mas sobreviveu sem sequelas. Joaquim fugiu, deixando a arma de fogo no local dos fatos. A Polícia Civil foi acionada e na casa de alvenaria, dentro do quarto do casal, encontrou, também, 5 papelotes de maconha. Os dois irmãos de Joaquim, Eliakim e Alceu, também vindos do interior do Maranhão, da cidade de Barreirinhas, onde residem os pais idosos, foram ao local dos fatos para entender os acontecimentos. A prima da mãe de Maria Rosa ouviu as discussões naquela manhã, mas, com medo, trancou-se em casa. Dois vizinhos, Antônio e Muriel, moradores do terreno ao lado há mais de 20 anos, que estavam em casa no momento dos fatos, apareceram para prestar solidariedade. Diante dos fatos narrados, como Delegado de Polícia Civil responsável por tomar as providências legais para formalizar o início da investigação, elabore a peça pertinente ao caso. Não crie fatos novos. Não faça pesquisas ou estudos antes de responder. Só consulte legislação sem comentários e súmulas. 

 

Em análise de diversos expedientes a si distribuídos, o Delegado de Polícia Federal se deparou com uma notícia crime para instauração de inquérito policial. O caso versava sobre sinistro com bagagens e outros fatos. Segundo relatos da notícia de crime, um passageiro de 60 anos despachou suas bagagens no guichê da companhia aérea regularmente, mas, ao recolhê-las na esteira do aeroporto de destino, notou que estavam severamente danificadas, com ruptura de cadeado e extravio de pertences pessoais. Dentre os pertences pessoais extraviados, havia remédios importados de uso pessoal para controle e tratamento de doença cardíaca, como provado pela segunda via da receita médica controlada. Ao reivindicar explicações e providências no balcão da companhia aérea no terminal de embarque, o passageiro foi chamado de “fresco”, “mentiroso”, “picareta” e “cara de pau” por duas funcionárias da empresa, Joana e Lúcia. Tudo se passou no âmbito do aeroporto, fora da aeronave, mas na presença de outros passageiros. Como Delegado de Polícia Federal, responsável por tomar providências para formalizar investigações criminais federais, elabore uma nota técnica sobre o caso, necessariamente discorrendo sobre: 1) tipificação da(s) conduta(s); 2) atribuição constitucional para instauração da investigação; 3) relevância do Estatuto do Idoso e suas implicações ao caso. Não faça pesquisas ou estudos antes de responder. Só consulte legislação sem comentários e súmulas.  

 

Em 01/11/2014, o Banco Bradesco S/A em Fortaleza/CE oficiou o Delegado-Geral da Polícia Civil do Ceará para narrar que José da Silva entabulou Contrato de Prestação de Serviços de Correspondente com o Banco Bradesco em 2005 para prestar, por meio da pessoa jurídica Loyer Service Ltda., serviços de correspondente bancário. Eis a cláusula primeira do contrato: “CLÁUSULA PRIMEIRA – DO OBJETO Parágrafo primeiro – o CORRESPONDENTE poderá prestar as seguintes atividades de atendimento, segundo exclusivo critério da Banco Bradesco, visando o fornecimento de produtos e serviços de responsabilidade da Banco Bradesco a seus clientes e usuários: I – Recepção e encaminhamento de propostas de abertura de contas de depósitos à vista, a prazo e de poupança, mantidas pela Banco Bradesco; II – Recebimento, pagamentos e transferências eletrônicas visando à movimentação de contas de depósito de titularidade de clientes mantidas pela Banco Bradesco; III – Recebimentos e pagamentos de qualquer natureza, e outras atividades decorrentes da execução de contratos e convênios de prestação de serviços mantidos pela Banco Bradesco; IV – Execução ativa e passiva de ordens de pagamento cursadas por intermédio da Banco Bradesco por solicitação de clientes e usuários; V – Recepção e encaminhamento de propostas referentes a operações financeiras de crédito e de arrendamento mercantil de concessão da Banco Bradesco; VI – Recebimentos e pagamentos relacionados a letras de câmbio de aceite da Banco Bradesco; VII – Recepção e encaminhamento de propostas de fornecimento de cartões de crédito de responsabilidade da Banco Bradesco;  VIII – Operações de câmbio de responsabilidade da Banco Bradesco, restritivas às seguintes operações: execução ativa e passiva de ordem de pagamento relativa à transferência unilateral do ou para o exterior e recepção e encaminhamento de propostas de operação de câmbio; IX – Serviços complementares de coleta de informações cadastrais e de documentos, bem como controle de processamento de dados (fl. 21 verso); X – Análise e concessão de crédito para financiamento imobiliário no bojo do Sistema Financeiro da Habitação; XI – Análise e concessão de crédito para pequeno produtor rural.” De acordo com o Banco Bradesco, o correspondente bancário arrecadou valores recebidos, mas, entre 24/09/2006 e 10/10/2006, não repassou ao Banco, em doze oportunidades, os montantes que, somados, chegaram a R$ 430.317,98. O Banco Bradesco informou ademais que, descoberto o fato, houve a reparação do dano com restituição dos valores. O Delegado-Geral despachou o ofício ao Corregedor para análise quanto à instauração de inquérito policial. O Corregedor solicitou manifestação do Delegado de Polícia assessor da Corregedoria para que abordasse, em parecer, de maneira fundamentada: a) tipificação do fato; b) análise da prescrição penal; c) as atribuições investigativas d) e, de maneira concludente, quais providências deveriam ser tomadas. Elabore, na condição de Delegado assessor, a peça correspondente. Não faça pesquisas ou estudos antes de responder. Só consulte legislação sem comentários e súmulas.  

 

Carlos Aparecido, comerciante e estudante de direito, sem procuração nos autos e sem advogado, impetrou habeas corpus perante o Juiz de Direito do Distrito Federal contra ato pretensamente coator do Delegado de Polícia Civil do Distrito Federal. Alegou que provas ilícitas foram juntadas aos autos de inquérito policial. Sustentou no writ que o seu filho José Aparecido teria sido injustamente vinculado à coautoria de um crime de roubo à agência do Itaú em Ceilândia/DF a partir da prisão em flagrante de João Elias, após o roubo, com parte dos bens subtraídos mediante grave ameaça. Após a prisão João Elias, policiais civis tomaram-lhe o aparelho celular e acessaram os registros de ligações feitas e recebidas pelo número, telefonando então para José Aparecido, ocasião em que o induziram ao encontro em que foi feita sua prisão, portando bens que, alega a impetração, não eram do Banco Itaú, constituindo tal fato um flagrante preparado. O Juiz requisitou à autoridade coatora que prestasse informações antes de decidir sobre a exclusão das provas dos autos do inquérito. Com base apenas nos fatos expostos, preste informações, na qualidade de Delegado de Polícia Civil (autoridade coatora), que aborde as seguintes questões/pontos: 1) cabimento ou não do Habeas Corpus para conhecer da matéria; 2) possibilidade ou impossibilidade jurídica dos policiais terem acessado diretamente, sem autorização judicial, os registros das ligações feitas/recebidas; 3) a influência do direito norte-americano na doutrina brasileira sobre limitação à vedação das provas ilícitas por derivação, apresentando, notadamente, conceituação e exemplo sobre as teorias da fonte independente, mancha ou tinta diluída, encontro fortuito de provas; 4) conceituação e exemplo da teoria da cegueira deliberada; 6) conceito de flagrante preparado; sua distinção de flagrante esperado e se houve, no caso, um ou outro; 7) conclusão opinativa acerca do conhecimento ou não do HC, concessão ou não da ordem. Não faça pesquisas ou estudos antes de responder. Só consulte legislação sem comentários e súmulas.  

 

Em 30 de novembro de 2014, no Aeroporto Internacional de Brasília/DF, em cumprimento à Ordem de Missão Policial 089/2014, agentes federais prenderam em flagrante delito Juquinha Ferraz (cópias do auto de prisão em flagrante e de sua comunicação a esse juízo anexas), quando embarcava para Portugal na posse de seis quilos de cocaína (cópia do laudo anexa) dentro de um fundo falso de uma mala preta (fotografia anexa). Por ocasião da prisão, Juquinha Ferraz, entrevistado pelos policiais, afirmou ter recebido dois dias antes, na manhã do dia 28 de novembro de 2014, no Hotel Garvey Park em Brasília, a mala com droga, passagem aérea e dinheiro de pessoa que conheceu dias antes. Feita a prisão, a autoridade subscritora do flagrante determinou que um dos agentes federais fosse ao referido hotel para tentar identificar o responsável pela remessa da droga. Requisitadas imagens do circuito interno de TV do hotel (CD anexo), verificou-se que Juquinha Ferraz, de fato, esteve no hotel; que conversou com um hóspede que se apresentou no check-in com o nome de Carlos Amaral; e que saiu do hotel com uma mala preta idêntica à apreendida com a droga. O suposto Carlos Amaral não retornou ao hotel e sua estadia foi encerrada pela gerência do hotel, com a arrecadação de seus pertences abandonados. A polícia procedeu à busca nos pertences. Encontrou peças de roupa, dois pens drive, um celular, objetos pessoais (fotografias anexas) e alguns documentos em nome de Matheus Julião, dentre eles uma cópia (anexa) de um processo de divórcio com toda a qualificação: Matheus Julião, brasileiro, autônomo, CPF n° 134.004.456-12, residente em Santa Maria/DF (cidade da periferia de Brasília), Rua 13, Casa 2. Confrontando-se as imagens do circuito interno com fotografia do banco de dados do DETRAN (cópia anexa), inferiu-se que a pessoa com quem o preso se encontrou, de fato, foi Matheus Julião. De posse dessas informações e no sentido de investigar os fatos em relação a Matheus Julião, elabore a representação ao Juízo competente requerendo, de maneira fundamentada, tudo que entenda imprescindir da reserva jurisdicional e que seja útil à investigação. Não faça pesquisas ou estudos antes de responder. Só consulte legislação sem comentários e súmulas.  

 

Em 30 de novembro de 2014, no Aeroporto Internacional de Brasília/DF, em cumprimento à Ordem de Missão Policial 089/2014, agentes federais prenderam em flagrante delito Juquinha Ferraz (cópias do auto de prisão em flagrante e de sua comunicação a esse juízo anexas), quando embarcava para Portugal na posse de seis quilos de cocaína (cópia do laudo anexa) dentro de um fundo falso de uma mala preta (fotografia anexa). Por ocasião da prisão, Juquinha Ferraz, entrevistado pelos policiais, afirmou ter recebido dois dias antes, na manhã do dia 28 de novembro de 2014, no Hotel Garvey Park em Brasília, a mala com droga, passagem aérea e dinheiro de pessoa que conheceu dias antes. Feita a prisão, a autoridade subscritora do flagrante determinou que um dos agentes federais fosse ao referido hotel para tentar identificar o responsável pela remessa da droga. Requisitadas imagens do circuito interno de TV do hotel (CD anexo), verificou-se que Juquinha Ferraz, de fato, esteve no hotel; que conversou com um hóspede que se apresentou no check-in com o nome de Carlos Amaral; e que saiu do hotel com uma mala preta idêntica à apreendida com a droga. O suposto Carlos Amaral não retornou ao hotel e sua estadia foi encerrada pela gerência do hotel, com a arrecadação de seus pertences abandonados. A polícia procedeu à busca nos pertences. Encontrou peças de roupa, dois pens drive, um celular, objetos pessoais (fotografias anexas) e alguns documentos em nome de Matheus Julião, dentre eles uma cópia (anexa) de um processo de divórcio com toda a qualificação: Matheus Julião, brasileiro, autônomo, CPF n° 134.004.456-12, residente em Santa Maria/DF (cidade da periferia de Brasília), Rua 13, Casa 2. Confrontando-se as imagens do circuito interno com fotografia do banco de dados do DETRAN (cópia anexa), inferiu-se que a pessoa com quem o preso se encontrou, de fato, foi Matheus Souza.

Após a tramitação regular do inquérito sobre o caso da remessa de cocaína para Portugal por Juquinha Ferraz e Matheus Souza, elabore o relatório final do inquérito considerando os seguintes elementos:

- Auto de prisão em flagrante de Juquinha Ferraz às fls. 02-10;

- Despacho fundamentado de indiciamento de Juquinha Ferraz às fls. 11;

- Laudo de constatação de droga (laudo preliminar) às fls. 12-15;

- Memorando requisitando laudo definitivo às fls. 16;

- Relatório de Missão Policial para identificação do traficante que entregou a mala (Matheus Souza) contratante no Hotel Garvey Park às fls. 17;

- Auto de apreensão da ficha de hóspedes no hotel (documento da Embratur que hóspedes preenchem) assinado por Matheus Souza consignando nome de outra pessoa, às fls. 18-19;

- Laudo do Setor Técnico Científico – SETEC, atestando que a fita do circuito interno é original e que não foi adulterada, às fls. 20-24;

- Representação por prisão temporária às fls. 25-27;

- Relatório de Busca e Apreensão consignando que nada relevante havia no endereço de Matheus, além de uma moto importada no valor de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais) em nome da mãe dele, senhora pensionista do INSS em 1 salário-mínimo, às fls. 28-30;

- Auto de qualificação e interrogatório de Matheus Souza, às fls. 31-33, em que permaneceu calado e não forneceu material grafotécnico para o exame para identificar a autoria da assinatura do documento da Embratur;

- Despacho fundamentado de indiciamento de Matheus Souza, às fls. 34.

 

Laura Martins, de 23 anos, órfã de pai e mãe, criada pela tia em Sorocaba, interior de São Paulo, enveredou na vida do crime aos 16 anos. Habituada a praticar pequenos furtos desde então, sempre conseguiu sair impune, mesmo chegando inclusive a realizar pequenas entregas de drogas em comunidades carentes em troca de dinheiro. Na noite de 21 de setembro de 2014, em Brasília, no Distrito Federal, já morando nas ruas, Laura Martins subtraiu para si algumas roupas de uma loja de departamento no shopping Conjunto Nacional. Abordada por vigilantes do shopping Conjunto Nacional, os quais acionaram a Polícia Militar na sequência, Laura Martins foi presa em flagrante com as roupas etiquetadas sob sua posse nas dependências do shopping. Levada para a Delegacia da Polícia Civil, foi interrogada pelo Delegado, para quem narrou sua história de vida. Sobre os fatos que ensejaram a prisão, Laura Martins negou que tivesse subtraído as roupas, esclarecendo que as roupas lhe haviam sido entregues por uma colega, Jaqueline dos Reis, de 19 anos, que lhe pediu o favor de cuidar dos produtos enquanto ia ao banheiro do shopping e que sua colega as havia comprado com o salário de doméstica. As roupas somavam o valor de R$950,00 (novecentos e cinquenta reais). A autoridade policial extraiu a folha de antecedentes criminais de Laura Martins, e nela não havia nenhum registro de condutas anteriores. Além da ausência de antecedentes criminais, tudo indica que Laura Martins era, portanto, primária. Durante o interrogatório, a autoridade percebeu que Laura Martins estava extremamente agitada e com olhos avermelhados. Desconfiando de que pudesse estar sob efeito de drogas, a autoridade perguntou se Laura Martins era usuária de entorpecentes. Laura Martins começou a chorar e afirmou que era dependente de crack, que consumia diariamente quando conseguia acesso aos ilícitos. Foi submetida a exame de corpo de delito, que atestou sua integridade corporal, e também a exame toxicológico, cujo resultado deu positivo para cocaína. Nos seus bolsos, foram encontrados o valor de R$148,00 (cento e quarenta e oito) reais, que Laura Martins afirmou serem seus e frutos de pequenos serviços, como lavagem de veículos e trocados recebidos como vigia de carros no estacionamento. Os policiais que fizeram a condução coercitiva de Laura Martins também foram ouvidos e informaram que não havia ninguém na companhia da presa, bem como que a história por ela contada não se ajustava com as explicações dada no instante do flagrante, tanto aos vigilantes do shopping quanto aos próprios policiais militares. Ouvidos, os vigilantes também disseram que ninguém se aproximou da presa após o flagrante, que inclusive chamou a atenção de outras pessoas no local, e que Laura Martins era figura conhecida nos arredores do shopping, por dormir sob marquises e nos jardins, consumir drogas nas madrugadas naquele local e inclusive se prostituir eventualmente. O flagrante foi devidamente formalizado, com emissão de nota de culpa e com as devidas comunicações à Defensoria Pública, ao Ministério Público e ao Poder Judiciário. Como autoridade policial, em dissertação: 1) indique a providência que tomaria na sequência, fundamentando legalmente os motivos da decisão policial; 2) manifeste-se conclusivamente sobre a possibilidade de fixação de medidas cautelares pela autoridade policial; 3) considerando, hipoteticamente, no furto, que Laura Martins tivesse agido em concurso de pessoas, tipifique a conduta e indique a providência legal cabível na hipótese. 

 

Objetivas - Rodada 49.2014

(Emagis) No que se refere ao Constitucionalismo e ao chamado Neoconstitucionalismo, indique o item correto:

 

(Emagis) As assertivas que seguem guardam relação com as regras constitucionais referentes ao custeio da Previdência Social, considerada também sua aplicação pelo Supremo Tribunal Federal.
I – As receitas dos Estados, Distrito Federal e Municípios destinadas à Seguridade Social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União.
II – No conceito constitucional de ‘receita ou faturamento’, para o fim da fixação da base de cálculo da COFINS, não se podem incluir o valor do ICMS retido pela empresa que efetuou o venda da mercadoria.  
III – Embora se aplique às contribuições sociais tratadas no artigo 195 da Constituição Federal o princípio da anterioridade nonagesimal, não lhes é aplicável o princípio da anterioridade anual.
Estão corretas as seguintes assertivas:

 

(Emagis) No que se refere ao regime jurídico dos servidores civis indique o item correto dentre os descritos abaixo.

 

(Emagis) A respeito dos contratos de permissão e concessão de serviço público, considerada a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, marque a alternativa CORRETA.

 

(Emagis) As assertivas que seguem guardam relação com a ação de improbidade administrativa e ação popular.
I – A sentença que concluir pela carência ou improcedência da ação popular está sujeita a reexame necessário, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo Tribunal.
II – O Superior Tribunal de Justiça recentemente reiterou a compreensão de que a sentença que concluir pela carência ou improcedência da ação de improbidade administrativa está sujeita a reexame necessário, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo Tribunal.
III – As decisões interlocutórias produzidas na ação popular são recorríveis pela via do agravo de instrumento.
Estão corretas as seguintes assertivas:

 

(Emagis) Sobre a aplicabilidade da taxa progressiva de juros às contas vinculadas ao FGTS, considerada a jurisprudência sedimentada tanto pelo Superior Tribunal de Justiça quanto pela Turma Nacional de Uniformização da Jurisprudência dos Juizados Especiais Federais (TNU), marque a alternativa CORRETA.

 

(Emagis) Sobre a concessão florestal, considerado o disposto na Lei 11.284/2006, avalie as assertivas que seguem.
I – Ainda que devam ser, antes da realização de concessões florestais, as florestas ocupadas por comunidades locais a elas destinadas, podem estas populações participar, instituindo pessoa jurídica, das licitações para concessão florestal previstas na Lei 11.284/2006.
II – O Plano Anual de Outorga Florestal – PAOF conterá a descrição de todas as florestas públicas a serem submetidas a processos de concessão no ano em que vigorar.
III – Desde que respeitadas as condições previstas no artigo 25 da Lei 8.666/1993, pode ser declarada a inexigibilidade de licitação nas concessões florestais.
Estão corretas as seguintes assertivas:

 

(TRF4 – XVI Concurso) Dadas as assertivas abaixo, assinale a alternativa correta.
Considerando a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça:
I – A decadência é forma de extinção do crédito tributário, e, por isso, uma vez extinto o direito, não pode ser reavivado por qualquer sistema de lançamento ou autolançamento, seja via documento de confissão de dívida, de declaração de débitos, de parcelamento ou de outra espécie qualquer.
II – A fixação do regime de competência para a quantificação da base de cálculo do tributo e do regime de caixa para a dedução das despesas fiscais não implica majoração do tributo devido, inexistindo violação ao conceito de renda fixado na legislação federal.
III – Ressalvada a hipótese de resistência da Administração Tributária, não incide correção monetária sobre os créditos de IPI decorrentes do princípio constitucional da não cumulatividade (créditos escriturais), por ausência de previsão legal.
IV – A confissão da dívida não inibe o questionamento judicial da obrigação tributária, no que se refere aos seus aspectos jurídicos. Quanto aos aspectos fáticos sobre os quais incide a norma tributária, a regra é que não se pode rever judicialmente a confissão de dívida efetuada com o escopo de obter parcelamento de débitos
tributários, salvo se a matéria de fato constante de confissão de dívida decorrer de defeito causador de nulidade do ato jurídico (v.g. erro, dolo, simulação e fraude).

 

(TRF4 – XVI Concurso) Dadas as assertivas abaixo, assinale a alternativa correta.
Considerando a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal:
I – A prestação de ações e serviços de saúde por sociedades de economia mista corresponde à própria atuação do Estado, razão pela qual a elas se estende a imunidade tributária prevista na alínea a do inciso VI do art. 150 da Constituição Federal, desde que a empresa estatal não tenha por finalidade a obtenção de lucro e o capital social seja majoritariamente estatal.
II – É incompatível com o texto constitucional a regra constante de lei ordinária que condiciona o ingresso de empresa no Simples à inexistência de débito tributário, por se constituir em sanção política e via indireta de cobrança de tributo.
III – A imunidade tributária conferida a instituições de assistência social sem fins lucrativos pelo art. 150, VI, c, da Constituição Federal somente alcança as entidades fechadas de previdência social se não houver contribuição dos beneficiários.
IV – A lei que altera o prazo de pagamento do tributo, por não implicar majoração da exação, não se sujeita ao princípio da anterioridade.
V – É inconstitucional a cobrança de taxa para custear o serviço de iluminação pública.

 

(Emagis) Sobre a exibição de documentos no processo civil, julgue os itens a seguir de acordo com a jurisprudência do STJ:
I - A imposição de multa como meio coercitivo indireto é incompatível com o procedimento da exibição autônoma em ação cautelar.
II - A imposição de multa como meio coercitivo indireto é incompatível com o procedimento da exibição incidental em ação de conhecimento.
III - A presunção de veracidade como conseqüência da recusa injustificada da exibição do documento pela parte é aplicável tanto no processo de conhecimento como no cautelar.

 

(Emagis) Sobre o processo coletivo, julgue os itens abaixo:
I – Existe prevenção entre o juízo de conhecimento que proferiu a sentença em processo coletivo e as respectivas liquidações e execuções individuais.
II – Quando existir mais de uma vara numa mesma comarca que a priori sejam competentes para o processamento de ações coletivas, a determinação do juízo prevento para conhecer de ações coletivas conexas será consoante a regra daquele que despachou em primeiro lugar.
III – A ação civil pública a ser proposta contra dano ambiental regional, que abranja a área de vários municípios do interior de um mesmo estado-membro, deverá ser ajuizada na respectiva capital e não em um dos respectivos municípios interioranos.

 

(Emagis) Sobre o regime das cautelares e antecipação de tutela, indique o item correto:

 

(Emagis) A respeito da intimação do executado para ciência da penhora em execução fiscal e do prazo para oposição de embargos à execução, considerada a jurisprudência sedimentada pelo Superior Tribunal de Justiça, além dos dispositivos da Lei 6.830/1980, marque a alternativa INCORRETA.

 

(Emagis) A propósito da contestação, da reconvenção e da revelia, considerados os dispositivos do Código de Processo Civil e a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, marque a alternativa INCORRETA.

 

(Emagis) Sobre as relações de parentesco, considerados os enunciados doutrinários consolidados nas ‘Jornadas de Direito Civil’ (CJF/STJ) e os dispositivos do Código Civil, marque a alternativa CORRETA.

 

(Emagis) O maior valor de multa moratória atualmente admitido nos contratos de consumo, sob pena de abusividade é de:

 

(Emagis) – A propósito da jurisprudência consolidada pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria de títulos de crédito, avalie as assertivas que seguem.
I – A legislação sobre cédulas de crédito rural, comercial e industrial não admite o pacto de capitalização de juros.
II – Cheque prescrito não se presta a aparelhar inicial de ação monitória.
III – Caracteriza dano moral a apresentação antecipada de cheque pré-datado.
Estão corretas as seguintes assertivas:

 

(Emagis) No que se refere ao dolo e culpa marque a opção verdadeira:

 

(Emagis) Sobre a conformação jurídico-penal da conduta daquele que comercializa relógios sem o selo de controle do IPI em situação nas quais era juridicamente exigível tais selos, considerados os dispositivos do Código Penal, além da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, marque a alternativa INCORRETA.

 

(Emagis) – Sobre a interferência da dependência de droga do agente sobre a sanção penal em decorrência da prática dos crimes previstos na Lei 11.343/2006, considerado o regramento desta e a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, marque a alternativa INCORRETA.

 

(Emagis) O recurso de embargos infringentes no processo penal tem suas peculiaridades indique o que não é verdadeiro em relação ao mencionado recurso:

 

(Emagis) – A respeito da interceptação telefônica como meio de prova no processo penal, considerados os dispositivos legais, além da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça, avalie as assertivas que seguem.
I – Quando a incompetência do juízo que autorizou as interceptações durante inquérito policial somente emana de dados descobertos após a prolação da indigitada decisão, não há nulidade na interceptação telefônica processada.
II – Se, fortuitamente, nas interceptações autorizadas para investigar crime determinado é produzida prova referente a crime outro e com aquele desconexo, não terá validade esta prova fortuitamente produzida.
III – O prazo de duração da interceptação, renovável, é de 15 dias.
Estão corretas as seguintes assertivas:

 

(Emagis) – Sobre o assistente da acusação no processo penal, considerados os dispositivos do Código de Processo Penal e a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, marque a alternativa INCORRETA.

 

(Emagis) No sistema de representação proporcional, alguns conceitos, extraídos diretamente do Código Eleitoral, são essenciais. A propósito, avalie as assertivas que seguem.
I – O quociente partidário é apurado dividindo-se o número de votos válidos pelo número de cadeiras a preencher no parlamento.
II – O quociente partidário gera o número mínimo de votos necessários para que um partido político ou coligação eleja um parlamentar.
III – Havendo empate no número de votos entre candidatos, considerar-se-á eleito o mais jovem.
Estão corretas as seguintes assertivas:

 

(Emagis) A respeito da Suspensão e Extinção da Execução dos Tratados, atento(a) ao disposto na Convenção de Viena (Decreto 7.030/2009), avalie as assertivas que seguem.
I – O rompimento das relações diplomáticas entre os Estados importa, em regra, na extinção dos Tratados entre eles celebrados.
II – O direito de denúncia ou retirada é ínsito aos Tratados, existindo ainda que nele não estipulados expressamente.
III – Ocorre a extinção do Tratado se o número das partes que nele vier a permanecer restar inferior ao número mínimo necessário para que tenha entrado em vigência.
Estão corretas as seguintes assertivas:

 

Sentença Federal - Rodada 49.2014

Bart trabalhava nos Correios desde 2007. No ano de 2013, os Correios lançaram o programa Papai Noel dos Correios, em que crianças endereçavam cartas ao Papai Noel e pessoas adotavam essas correspondências, oferecendo os brinquedos alvos dos pedidos encaminhados.

Aproveitando a situação, Bart desviou, durante o mês de novembro de 2013, diversas bicicletas destinadas a esse programa, servindo-se da qualidade de servidor dos Correios, com o apoio de Liza, que ali atuava na condição de menor aprendiz e que, naquela época, possuía 16 anos de idade.

A prática somente foi descoberta quando os vídeos de segurança foram examinados, devido à desconfiança de um gerente local. Seguiu-se um processo administrativo que culminou com a exoneração de Bart e o desligamento de Liza e o encaminhamento dos autos ao Ministério Público Federal, juntamente com os citados vídeos.

Ao receber o expediente, o Ministério Público Federal determinou a imediata instauração de inquérito policial, dentro do qual foi obtido mandado judicial de busca e apreensão nas residências de Bart e Liza, onde foram descobertas 3 (três) bicicletas na casa do primeiro e 3 (três) na casa do segundo, ainda lacradas e acompanhadas das correspondentes cartas desse programa social, igualmente fechadas.

Em seguida, o MPF denunciou Bart e Liza em 2 de julho de 2014 pelo crime descrito no art. 312, §1º, do CP em continuidade delitiva (art.  71 do CP), considerando-se que foram 3 (três) desvios para cada um.

Recebida a denúncia, Bart e Liza ofereceram petição conjunta, por meio de advogado constituído, postergando a apresentação de defesa de mérito para o momento das alegações finais, esclarecendo ser esta a estratégia jurídica que melhor se ajustaria ao caso, protestando, desde já, pelas suas inocências.

Durante o interrogatório, tanto Bart quanto Liza permaneceram silentes, optando por exercerem o direito constitucional correspondente.

As partes, após rejeitarem interesse na produção de provas adicionais, encaminharam alegações finais na forma de memoriais. O Ministério Público Federal pugnou pela condenação dos réus, conforme a narrativa contida na petição inicial, ao argumento de que as provas constantes dos autos demonstrariam, de forma inequívoca, a prática criminosa.

Bart e Liza, por sua vez,  alegaram a incompetência do Juízo, considerando-se que não houve interesse violado dos Correios. Isso porque os bens pertenceriam aos particulares e não à empresa pública em questão. Pleitearam, então, o encaminhamento dos autos à Justiça Estadual.

Alternativamente, pugnaram pela desclassificação do delito para apropriação indébita (art. 168 do CP) e, consequentemente, a aplicação do instituto da suspensão do processo, conforme art. 89 da Lei 9.099/95.

Invocaram, ainda, a incidência do princípio da insignificância, considerando-se que os desvios foram apenas de 3 (três) bicicletas para cada acusado.

Os réus acrescentaram, ainda, folhas de antecedentes, evidenciando que seriam primários e de bons antecedentes, bem como documentos que comprovava que participavam de trabalho voluntário em abrigo de idosos local.

Adicionalmente, requereram as absolvições e, em qualquer hipótese, o retorno dos acusados aos cargos que exerciam nos Correios.

Na sequência, os autos foram conclusos.

Redija a decisão/sentença que melhor se ajuste ao caso exposto, dispensando-se a confecção do relatório.

 

PGE/PGM - Rodada 48.2014

O servidor público José Madrugador, ocupante do cargo de Analista-Tributário da Receita Federal do Brasil, ajuizou ação de rito especial contra a União, pleiteando o pagamento da “ajuda de custo” prevista nos artigos 51, inciso I, e 53 da Lei nº 8.112/1990.

No essencial, aduziu que se inscreveu em concurso interno promovido pelo órgão federal, tendo sido removido do Município de Mato Alto para o Município de Passa Longe, situado em Unidade da Federação diversa, conforme a Portaria nº 015-2014/SRFB, devidamente publicada do Diário Oficial. Destacou que a mencionada verba de caráter indenizatório é devida sempre que houver remoção do servidor, ainda que realizada a pedido do interessado, ao participar de processo seletivo interno, pois o interesse do ente público é revelado com a publicação do edital de remoção e oferecimento das respectivas vagas. Citou precedentes jurisprudenciais que dariam suporte ao pleito e juntou documentos.

O processo foi autuado sob o nº 0012345-67.2014.4.00.0890, tendo a ré oferecido defesa no momento oportuno. Na sequência, manifestaram as partes a desnecessidade de dilação probatória, seguindo os autos conclusos para sentença. A Juíza Federal da 3ª Vara do JEF Cível de Passa Longe julgou procedente o pedido, condenando a União ao pagamento da ajuda de custo para auxiliar nas despesas decorrentes da movimentação do servidor habilitado, no valor de uma remuneração, relativa ao mês em que ocorrido o deslocamento para a nova sede funcional, a ser atualizado e acrescido de juros de mora a contar da citação.

A União interpôs o competente recurso, mas a Turma Recursal daquela Unidade da Federação negou-lhe provimento. Assim, restou confirmada a sentença por seus próprios fundamentos, tendo sido observado que, no âmbito dos Colegiados Recursais dos JEFs daquela Região da Justiça Federal, é pacífica a tese de que as remoções, mesmo a pedido, detêm interesse público, sendo inadequado fazer qualquer distinção entre elas para fins de pagamento da vantagem pecuniária em debate.

Em face da situação hipotética acima descrita, na condição de Advogado da União, elabore a peça recursal cabível para a defesa dos interesses do ente público.

 

Defensoria Pública Estadual - Rodada 48.2014

Horácio Máximo tinha plano de saúde, SISMEDSA, no dia 12 de junho de  2010 teve fortes dores no peito que se irradiavam pelo braço. Foi internado em UTI por ter problemas cardíacos severos e submeteu à cirurgia toráxica. O seu plano de saúde só cobriria vinte dias de UTI, como estava especificado no contrato.  No vigésimo dia de UTI, o médico informou que não seria recomendável retirá-lo da Terapia Intensiva nos próximos cinco dias, pois seriam necessários ao convalescimento completo do doente. Estela Máximo, esposa de Horácio vendeu o carro da família apressadamente por sessenta por cento do valor de mercado e fez o depósito de trinta mil reais (valor da venda), exigido pelo hospital para a manutenção da internação na UTI. Em quatro dias Horácio revigorou-se e pôde passar ao internamento  em leito de enfermaria. Mesmo previsto sem limite de tempo de internação o leito de enfermaria no contrato de plano de saúde, SISMEDSA, operadora do plano de saúde contratado por Horácio, negou o pagamento da enfermaria, pois a partir do fim da cobertura para UTI o novo risco da internação não estaria coberto pelo contrato. De modo que todo o dinheiro do depósito foi consumido com a internação de Horácio. A alta foi no dia 10 de agosto de 2010. Tudo provado nos autos, sem controvérsia de fato.

 

Horácio, já recuperado no dia dois de julho de 2014 entrou com ação judicial em face  do Hospital Particular S/A e de SISMEDSA, pedido ressarcimento de dano material e dano moral.

 

Depois de regular processo a sentença deu parcial procedência. Negou o dano moral alegando mero dissabor. E condenou os réus ao pagamento somente da Enfermaria, pois de fato era o que estava previsto no contrato, fixou o valor da indenização em  dez mil reais (valor da internação na enfermaria).

 

Horácio que era em tudo assistido pela defensoria pública pediu para não apelar. Cansado de litigar. Deixou passar o prazo em branco.

 

Dias depois foi surpreendido por apelações dos dois réus. O Hospital alegou ilegitimidade, já que não tem nenhuma relação de nexo causal com o prejuízo do autor. O plano de Saúde alega prescrição de ilícito civil que se daria em três anos na forma do NCC.

 

Horácio voltou ao ânimo de litigar, e sendo a defensoria intimada de ambas as apelações no dia 26 de novembro de 2014, faça peça única para combatê-las com o conteúdo mais amplo na defesa  dos direitos do autor. Date-a do último dia possível.

 

Sentença Estadual - Rodada 48.2014

EMAGIS – SENTENÇA ESTADUAL – RODADA 48.2014:

Constou da Denúncia o seguinte:

a) Após representação/comunicação realizada pela empresa “CANAL FECHADO LTDA”, cujo objeto é a transmissão de canais televisivos via satélite (TV por assinatura), a polícia civil fez uma operação para investigar a receptação clandestina do serviço prestado.

b) Através das investigações policiais, com apoio técnico da empresa “CANAL FECHADO”, ficou constatado que o denunciado “PARABÓLICO”, durante os meses de julho/2013 e agosto/2013, obteve para si vantagem ilícita, em razão da captação/recepção clandestina do sinal de televisão transmitido pela “CANAL FECHADO”, causando prejuízo à vítima, uma vez que não houve contraprestação pelo serviço.

c) Quanto ao elemento subjetivo, PARABÓLICO tinha ciência de que o sinal que recebia era gerado pela empresa vítima, tendo em conta que já havia sido assinante dos serviços em questão no ano de 2012 (por seis meses e tão somente até o mês de julho de referido ano). Relativamente a esse período, ficou patente no inquérito policial que PARABÓLICO pagou apenas duas mensalidades e, após o encerramento da assinatura, foi recolhido pela empresa todo o equipamento de recepção do sinal transmitido pela mesma.

d) Com a devida autorização judicial, a polícia também apreendeu o equipamento receptor do sinal na casa de PARABÓLICO, ficando também demonstrado que este seria de propriedade da empresa “CANAL FECHADO” e que estava com a identificação raspada. Tal circunstância evidenciaria que o denunciado adquiriu tal objeto sabendo ser produto de furto, até porque não houve uma nova contratação e consequentemente uma autorização por parte da empresa para a instalação de um novo receptor na casa do denunciado.  

e) O bem apreendido foi periciado e avaliado em R$400,00 (quatrocentos) reais, sendo restituído à empresa. A perícia também asseverou que o produto estava com a identificação raspada e que, em comparação com modelo controle fornecido pela vítima, foi possível constatar que o material tinha as mesmas dimensões, funcionalidades, cor e características de um produto original da empresa, concluindo os peritos que o bem seria mesmo desta. Além disso, a CANAL FECHADO juntou no Inquérito registros de ocorrência policial onde foram noticiados furtos de equipamentos do tipo de seu galpão (no mês de maio de 2013), localizado no mesmo bairro onde reside PARABÓLICO.

f) Em razão de tais fatos, o Ministério Público Estadual pediu a condenação do réu nas penas do art. 171 do Código Penal, por duas vezes, considerando comprovado que o réu causou prejuízo à ré por duas vezes (dois meses), bem assim nas penas do art. 180 do Código Penal, pois adquiriu coisa que sabia ser produto de crime, tudo em concurso material. Pediu também que fosse fixado o valor mínimo para reparação dos danos, relativamente às mensalidades não pagas. Considerando o plano básico da empresa no período, o valor do dano material seria de R$ 200,00 (equivalente às duas mensalidades), considerando que o restante do prejuízo já teria sido satisfeito com a restituição.  

Junto com a denúncia, o MP apresentou o Inquérito Policial e demais documentos comprobatórios do que alegado.

Recebida a denúncia, apresentada a defesa e não reconhecida a absolvição sumária, seguiu-se à instrução.

Na audiência, o réu (pequeno comerciante) falou ao magistrado: a) não sabia que o aparelho apreendido em sua casa era de propriedade da “CANAL FECHADO”; b) que comprou o equipamento de recepção de um rapaz que lhe ofereceu diretamente na sua casa, não recordando o nome dessa pessoa; c) tal homem disse que o equipamento seria um receptor “genérico” e que permitiria “pegar” o sinal da empresa, sendo a recepção lícita; d) o ofertante também disse que, caso o réu comprasse o equipamento, realizaria a instalação do receptor; e) que acreditou nessa “propaganda” e resolveu comprar o equipamento e o serviço em questão, tudo pela quantia de R$ 100,00 (cem) reais, que pagou à vista; f) efetivamente o “vendedor” realizou no mesmo dia a instalação em sua casa; g) não foi fornecida nota fiscal em relação a essa negociação, sendo que a pessoa que lhe vendeu e instalou o bem não teria qualquer identificação da empresa; h) em razão desse fato, confirmou que usufruiu por dois meses dos canais de TV transmitidos pela CANAL FECHADO, sem pagar a mensalidade; i) também confirmou que já havia sido cliente da empresa e que o equipamento anteriormente instalado em sua residência era semelhante ao adquirido do homem desconhecido; j) não sabia que estava cometendo algo errado, pois acreditou na conversa do vendedor anônimo, notadamente em razão de que muitas pessoas no bairro tinham comprado equipamentos do tipo e nunca tiveram qualquer problema.

Em alegações finais, o MP reiterou os termos da inicial. Já a defesa argumentou que não estaria preenchida a tipicidade do delito de estelionato. Quanto à imputação de receptação, o réu não teria ciência de que o produto seria possivelmente objeto de crime (ausência do elemento subjetivo). Por fim, pediu que no caso de condenação fosse reconhecida a confissão, fixando-se pena no mínimo. Nada falou sobre o pedido de fixação do dano material mínimo.

Este o caso da rodada 48.2014. Considere o descrito acima como sendo o relatório e profira a decisão que reputar adequada ao caso. Informações adicionais sobre o réu: responde a outra ação penal por estelionato, ainda na fase de apreciação da defesa; possui uma renda mensal aproximada de R$1.000,00 (tais informações contam nos autos fictícios da rodada). Bons estudos!  

 

Defensoria Pública Federal - Rodada 48.2014

Gabriel Coimbra servidor público federal com proventos de aposentadoria que chegam a três mil e quinhentos reais, casado, com esposa que não trabalha  e duas filhas, procurou a defensoria pública da União a fim de que cessem os descontos de imposto de renda na fonte.

 

Impetrou-se ação judicial em face da União, pois o requerente era servidor estatutário do ministério da saúde. Pediu-se a restituição de quanto descontado nos cinco anos anteriores ao requerimento administrativo e que os descontos cessassem. Não pediu liminar.

 

Em contestação a União alegou que o requerente fora aposentado por invalidez, e o motivo foi a cegueira do olho esquerdo há mais de cinco anos. Como o réu estaria fora da linha de isenção do imposto de renda não poderia ser defendido pela DPU. De modo que podendo ter requerido o benefício da isenção àquele tempo não o fez e teria decaído do direito de requerer a isenção. Alegou no mérito que as isenções tributárias devem ser interpretadas de maneira restritiva de modo que a ampliação indevida do conceito para cegueira unilateral seria um abuso. Alegou por fim que o réu não teria direito ao ressarcimento mesmo que tivesse direito à isenção porque o termo inicial da isenção é o requerimento.

 

O juiz federal titular do juizado especial de Vera Estrela extinguiu a ação por falta de requerimento administrativo do benefício, falta de interesse processual.

 

A DPU recorreu e a Turma Recursal do Estado 27 entendeu que havia interesse recursal, mas enfrentou o mérito julgando improcedente o pedido por não entender possível a interpretação ampliativa de norma que prevê isenção.

 

A intimação válida se deu no dia 27 de novembro de 2014.

 

Na qualidade de DPU, impetre o recurso cabível, no último dia do prazo. Se a matéria do recurso for  restrita indique esse conhecimento, mas enfrente todos os argumentos da parte ré. Máximo de cem linhas, letra Times New Roman 12.

 

Magistratura Trabalhista - Rodada 48.2014

Olá, caros(as) alunos(as)!

Segue a prova de sentença relativa ao XXXVIII concurso para juiz do trabalho substituto do TRT da 2ª Região (SP), realizada em 2013.

Prolate a sentença, procurando seguir as observações feitas pelo professor nos exercícios anteriores.

A reflexão sobre o passo anterior é fundamental para o acerto dos passos seguintes!

Desejo-lhes um excelente trabalho!

Cordialmente.

 



 

Discursivas - Rodada 48.2014 - Questão 1

Conceitue e diferencie os fenômenos na descriminalização, despenalização, diversificação  e intervenção mínima no Direito Penal. Resposta em até quinze linhas

 

Discursivas - Rodada 48.2014 - Questão 2

Incidem correção monetária e juros de mora na cobrança de cheque prescrito através de ação monitória? Caso sim, qual(is) o(s) respectivo(s) termo(s) a quo? Máximo de 15 linhas.

Discursivas - Rodada 48.2014 - Questão 3

  O desvio de poder é capaz de macular até mesmo a conduta de agente estatal que atua visando à concretização de uma medida de interesse público. Comente. (Responder em até 20 linhas)

Discursivas - Rodada 48.2014 - Questão 4

À luz do direito constitucional, e para fins de reserva de vagas em concurso público, é correto afirmar que a natureza da deficiência deva ser compatível com as funções do cargo público? Resposta em até 20 (vinte) linhas.

Discursivas - Rodada 48.2014

Conceitue e diferencie os fenômenos na descriminalização, despenalização, diversificação  e intervenção mínima no Direito Penal. Resposta em até quinze linhas

 

 

Incidem correção monetária e juros de mora na cobrança de cheque prescrito através de ação monitória? Caso sim, qual(is) o(s) respectivo(s) termo(s) a quo? Máximo de 15 linhas.

 

  O desvio de poder é capaz de macular até mesmo a conduta de agente estatal que atua visando à concretização de uma medida de interesse público. Comente. (Responder em até 20 linhas)

 

À luz do direito constitucional, e para fins de reserva de vagas em concurso público, é correto afirmar que a natureza da deficiência deva ser compatível com as funções do cargo público? Resposta em até 20 (vinte) linhas.

 

Objetivas - Rodada 48.2014

(Emagis) No que se refere à eficácia da normas constitucionais e à sua interpretação indique o item correto:

 

(Emagis) A respeito da competência para apreciar pedido de Intervenção da União em Estados-membros com fim de prover a execução de decisão judicial (CF, artigo 34, VI), considerada a jurisprudência dos Tribunais Superiores, marque a alternativa INCORRETA.

 

(Emagis) Recentemente a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça concluiu julgamento de Pedido de Intervenção Federal decorrente da recusa de Estado-membro em fornecer força policial necessária para executar decisão judicial de reintegração de posse de imóvel rural produtivo ocupado por mais de uma centena de integrantes do Movimento dos Sem Terra. Marque, a propósito da conclusão externada pela Corte Superior, a alternativa CORRETA.

 

(Emagis) No que se refere aos elementos ao poder de polícia da administração pública indique o item verdadeiro:

 

(Emagis) A Lei 9.656/1998, dispondo sobre planos e seguros privados de assistência à saúde, trata também da relação entre estes e o serviço público de saúde prestado através do Sistema Único de Saúde – SUS. A propósito, e considerada a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, marque a alternativa INCORRETA.

 

(Emagis) Sobre o serviço público de saúde, considerado o disposto na Lei 8.080/1990, além da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, avalie as assertivas que seguem.
I – O Serviço Único de Saúde, quando suas disponibilidades forem insuficientes para a cobertura assistencial à população de determinada área, poderá recorrer aos serviços prestados pela iniciativa privada.
II – É ilícita e abusiva a exigência de parecer favorável de Conselho Municipal de Saúde como requisito para credenciamento de laboratório privado no SUS.
III – Na celebração de convênio com entidades privadas, para participação complementar na prestação de serviços no âmbito do SUS, terão preferência as entidades filantrópicas e sem fins lucrativos.
Estão corretas as seguintes assertivas:

 

(Emagis) A respeito da ação de improbidade administrativa, considerada a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, além dos dispositivos da Lei 8.429/1992, avalie as assertivas que seguem.
I – A interrupção do prazo de prescrição da pretensão de aplicação das sanções previstas na Lei 8.429/1992 dá-se com a citação do réu na ação de improbidade, não no momento do ajuizamento da ação.
II – O fato de a verba federal que se alega desviada pelo agente da improbidade já ter sido, quando do desvio, transferida, mediante convênio, da União para Município afasta a competência da Justiça Federal para o julgamento da ação de improbidade administrativa.
III – O prazo de prescrição da pretensão de aplicação das sanções previstas na Lei 8.429/1992 a ocupante de cargo público efetivo é de 5 anos contados da data do ato tido por ímprobo.
Estão corretas as seguintes assertivas:

 

(Emagis) Recentemente, sob a sistemática dos recursos repetitivos, o Superior Tribunal de Justiça sedimentou orientação referente à obrigação de indenizar danos morais que se alegam oriundos de dano ambiental produzido por empresa que provocou (vazamento de material tóxico), àqueles que se alegavam lesados moralmente, o desabrigo e o despojamento de seus bens móveis e imóveis. A propósito, avalie as assertivas que seguem.
I – A obrigação de indenizar reconhecida foi referente exclusivamente aos danos materiais, isto é, uma vez prestados aos lesados os valores correspondentes aos bens móveis e imóveis perdidos, não restaria dano moral indenizável.
II – Ainda que indenizados os danos materiais em sua integralidade, cabível seria também a indenização pelos danos morais, que, à vista do princípio da isonomia, deveria ser fixada em valor único para todos os lesados.
III – Ainda que indenizados os danos materiais em sua integralidade, cabível seria também a indenização pelos danos morais, cujo valor deveria ser fixada caso a caso, observando-se as particularidades de cada um dos lesados.
Estão corretas as seguintes assertivas:

 

(TRF4 – XVI Concurso) Assinale a alternativa INCORRETA.
Em relação à lei complementar em matéria tributária:

 

(TRF4 – XVI Concurso) Assinale a alternativa INCORRETA.
Sobre o processo de execução fiscal:

 

(Emagis) No que se refere à reconvenção como resposta possível do réu, indique o item correto:

 

(Emagis) Segundo o rito ordinário do processo civil as provas serão produzidas na audiência de instrução ouvindo-se as pessoas na seguinte ordem, respectivamente:

 

(Emagis) Não admite a interposição na modalidade adesiva a seguinte espécie recursal no processo civil:

 

(Emagis) A respeito da correção monetária e dos juros de mora no processo civil, considerada a jurisprudência dos Tribunais Superiores, avalie as assertivas que seguem.
I – Ainda que omissa a petição inicial, incluem-se os juros moratórios na liquidação.
II – Na indenização por danos morais decorrentes de responsabilidade contratual, os juros moratórios têm como termo inicial a citação.
III – Na indenização por danos morais decorrentes de responsabilidade contratual, a correção monetária tem como termo inicial a data em que arbitrado o valor da indenização.
Estão corretas as seguintes assertivas:

 

(Emagis) Sobre as ações coletivas ajuizadas por associações de servidores públicos contra a União Federal, considerados os dispositivos legais e constitucionais, além da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, marque a alternativa INCORRETA.

 

(Emagis) Sobre a locação de imóveis utilizados por estabelecimentos de saúde, considerados os dispositivos da Lei 8.245/1991 (‘Lei de Locações’) e a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, marque a alternativa INCORRETA.

 

(Emagis) Segundo as disposições do CDC, Lei 8.987/95 e a jurisprudência do STJ, julgue as assertivas abaixo:
I – Após prévio aviso, admite-se a suspensão do fornecimento de energia elétrica em caso de inadimplência de pessoa jurídica de direito privado relativamente a débito atual.
II – Após prévio aviso, admite-se a suspensão do fornecimento de energia elétrica em caso de inadimplência de pessoa jurídica de direito privado relativamente a débitos pretéritos.
III – Inadmite-se a suspensão do fornecimento de energia elétrica em caso de inadimplência de pessoa jurídica de direito público, qualquer que seja a atividade desempenhada pela unidade inadimplente.

 

(Emagis) – A respeito do contrato de representação comercial, considerados os dispositivos legais e a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, avalie as assertivas que seguem.
I – Tendo o Código Civil de 2002 regulado especificamente a ‘Agência e Distribuição’, entende o Superior Tribunal de Justiça estar revogada a Lei 4.886/1965, que regulava a representação comercial.
II – Ainda que o fim do contrato de representação comercial se dê por justa causa, é devida ao representante a verba correspondente a 1/3 das comissões auferidas nos três meses anteriores à resolução do contrato.
III – Na disciplina do contrato de agência e distribuição prevista no Código Civil, se o contrato tiver prazo indeterminado é cabível a resolução por iniciativa de qualquer das partes, respeitado o aviso prévio de 90 dias e desde que transcorrido prazo compatível com o vulto e a natureza do investimento exigido do agente.
Estão corretas as seguintes assertivas:

 

(Emagis) No que se refere à classificação dos crimes julgue os seguintes itens:

 

(Emagis) Sobre os crimes contra a fé pública, atento(a) à jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Federal, além de observados os dispositivos do Código Penal, marque a alternativa CORRETA.

 

(Emagis) – A respeito da prática de falta grave por aquele que cumpre pena decorrente de condenação criminal, considerada a jurisprudência sedimentada pelo Superior Tribunal de Justiça, avalie as assertivas que seguem.
I – Interrompe o prazo para obtenção do livramento condicional, acarretando a modificação da data-base e o início de nova contagem do lapso necessário para o preenchimento do requisito objetivo.
II – Interrompe o prazo para obtenção do indulto ou comutação de pena, acarretando a modificação da data-base e o início de nova contagem do lapso necessário para o preenchimento do requisito objetivo.
III – Interrompe o prazo para a progressão de regime, acarretando a modificação da data-base e o início de nova contagem do lapso necessário para o preenchimento do requisito objetivo.
Estão corretas as seguintes assertivas:

 

(Emagis) No que se refere à competência no processo penal, e aos entendimentos do STJ e do STF, é incorreto afirma que:

 

(Emagis) – Considere a seguinte situação hipotética.
Militar, condenado criminalmente pela Justiça Militar, durante o cumprimento de pena restritiva de direitos de conteúdo pecuniário, apresenta, com o fim de fraudar a execução, cheque sem provisão de fundos à instituição filantrópica designada pelo juízo como beneficiária da prestação pecuniária.
Sobre a competência para apreciar o crime cometido pelo militar durante o cumprimento da pena, considerada a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, avalie as assertivas que seguem.
I – Por não estar o militar em serviço, quando do cometimento do crime, é a Justiça Comum, não a Militar, competente para apreciá-lo.
II – Por ter o crime lesado diretamente a entidade privada beneficiária do valor que seria pago com o cheque, a competência para apreciar o crime é da Justiça Comum, não da Militar.
III – Porque o agente agiu em decorrência de sua condição de militar e produziu lesão direta a execução de decisão emanada da Justiça Militar, é desta a competência para apreciar o crime.
Estão corretas as seguintes assertivas:

 

(Emagis) – A respeito da interceptação de comunicações telefônicas, do acesso aos dados telefônicos e situações jurídicas correlatas, considerados os dispositivos legais e constitucionais, além da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, marque a alternativa INCORRETA.

 

(Emagis) A respeito da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, consideradas as disposições do Pacto de São José da Costa Rica, avalie as assertivas que seguem.
I – Não recebe petições individuais relativas a denúncias de violação do Pacto de São José.
II – O requisito do esgotamento dos recursos internos para apreciação de alegada violação de direitos humanos pela Comissão não pode ser afastado sob a alegação de demora injustificada na decisão interna de mencionados recursos.
III – A Comissão somente pode submeter o caso à Corte Interamericana de Direitos Humanos se houver prévia anuência do(s) Estado(s) envolvido(s).
Estão corretas as seguintes assertivas:

 

Ministério Público Estadual - Rodada 48.2014

O Estado do Rio Grande do Norte deliberou implementar projeto de reurbanização da orla de diversos municípios potiguares. No município de Touros, que ostenta o apelido de “esquina do Brasil”, por se situar em uma região na qual o litoral brasileiro apresenta-se no mapa em forma de curva, empreendeu obras de pavimentação das avenidas litorâneas, bem como a construção de uma praça com terminal de ônibus, no cruzamento da Av. Praia do Rio do Fogo. Para tanto, fez-se necessária a desapropriação de imóveis situados na região, vários residenciais e o único comercial da localidade, o bar e restaurante “O Esquinão”.

O processo de desapropriação, apresenta-se formalmente regular, com  declaração de utilidade pública, decreto expropiatório, cópia do DO no qual publicado o decreto, documentos do imóvel e da pessoa jurídica proprietária, que ostenta nome comercial de “ABL Comércio de Alimentos LTDA”. O Estado requereu imissão provisória na posse, depositando o preço oferecido, correspondente ao valor cadastral do imóvel, que foi atualizado no ano anterior.

A imissão na posse foi deferida in limine pelo magistrado.

Citada na pessoa de seu administrador, o ente empresarial alega que o valor oferecido abrange tão somente a edificação. Aduz, comprovando sua alegação, ser o único restaurante situado na orla de Touros, e o único situado de frente para as famosas dunas da cidade, e que o imóvel foi adquirido para instalação do restaurante justamente por se situar no início da curva do litoral brasileiro, o que sempre atraiu turistas de diversas parte do país, o que justificava a escolha do nome do restaurante. Junta diversas reportagens jornalísticas que aludem à localização geográfica do restaurante como atrativo. Assevera que estas peculiaridades elevaram o preço de aquisição do imóvel. Demanda que o preço a ser ofertado deve abranger estas características imateriais, e que sua ausência é impeditivo da imissão na posse, rogando a revogação da liminar.

Em réplica, o Estado cinge-se a sustentar que depositou o valor conforme os ditames legais, e que bens incorpóreos não podem ser abrangidos pela indenização da desapropriação.

Os autos vem ao MP/RN para manifestação.

 

Discursiva Federal - Rodada 48.2014

Conceitue e diferencie os fenômenos da descriminalização, despenalização, diversificação  e intervenção mínima no Direito Penal. Resposta em até quinze linhas

 

 

Incidem correção monetária e juros de mora na cobrança de cheque prescrito através de ação monitória? Caso sim, qual(is) o(s) respectivo(s) termo(s) a quo? Máximo de 15 linhas.

 

  O desvio de poder é capaz de macular até mesmo a conduta de agente estatal que atua visando à concretização de uma medida de interesse público. Comente. (Responder em até 20 linhas)

 

À luz do direito constitucional, e para fins de reserva de vagas em concurso público, é correto afirmar que a natureza da deficiência deva ser compatível com as funções do cargo público? Resposta em até 20 (vinte) linhas.

 

Ministério Público Federal - Rodada 48.2014

Chegou ao Ministério Público Federal notícia de que a agência central da Caixa Econômica Federal em Vitória/ES condicionava a concessão de financiamento do Sistema Financeiro Habitacional à abertura de conta na instituição e à aquisição de outros produtos do banco, como seguro de vida, título de capitalização e cartão de crédito. Foi instaurado procedimento administrativo pelo Procurador da República oficiante. Provocada pelo MPF, a agência da CEF alegou, nesta ordem: a) ilegitimidade do MPF para oficiar no caso, eis que se trata de pessoas individualizadas e que aderiram aos contratos sob capacidade plena e vontade livre; b) que segue regramento nacional da instituição e que, como instituição financeira, tem liberdade para dar a cliente tratamento diferenciado de análise mais rápida e benéfica do crédito no caso de aquisição de outros produtos e serviços, inclusive taxas melhores de financiamento a longo prazo; c) que a investigação do MPF não pode impedir o oferecimento de preços vantajosos para clientes que mantenham múltiplas relações comerciais com a fornecedora de serviços, o que seria privar a Caixa de competir com outros bancos em igualdades de condições.
O MPF propôs sem sucesso celebração de termo de ajustamento de conduta.
De posse das informações acima, elabore a peça processual. Só consulte legislação sem comentários nem súmulas. Não faça nenhuma pesquisa ou estudo antes de responder.

 

Sentença Federal - Rodada 48.2014

Antônio ajuizou ação ordinária em face da União, Fazenda Nacional, Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro, Sr. Machado e ainda contra a empresa Rico Construções Ltda., postulando a declaração de inexistência de relação sua para com a referida sociedade perante a Junta Comercial, a declaração de inexistência de obrigação tributária no que concerne às dívidas da sociedade com execução fiscal ajuizada, a regularização do seu CPF e, por fim, indenização por danos morais e materiais.

A narrativa do autor é a de que o Sr. Machado, na qualidade de seu empregador, o fez incidir em erro, obrigando-o a assinar papéis por força dos quais se vinculou à sociedade denominada Rico Construções Ltda., sem ter nada a ver com a atividade econômica por ela praticada, haja vista exercer a profissão de “serrador”.

A União, representada pela Advocacia da União, informa, em petição, que não seria parte legítima, pois a questão de regularização de CPF seria de atribuição de outro órgão.

Também a Fazenda Nacional, em sua contestação, sustenta ser parte ilegítima para ocupar o pólo passivo da demanda, que, no seu entender, deveria ser ajuizada apenas contra a empresa, e a inadequação da via eleita, por ter sido aviada ação denominada de “anulatória” na primeira folha da petição inicial.

No campo das teses de mérito, aduz que o nome de Antônio constava no contrato social, o qual goza de presunção de veracidade, validando a cobrança e o ajuizamento de execução fiscal contra ele. Por fim, entende que a utilização indevida de CPF por terceiro indica simples aborrecimento, não havendo que se falar em dano moral, e que não há prova de dano material de qualquer ordem.

A Junta Comercial apresentou defesa e nela postulou a inclusão na lide dos demais sócios da empresa Rico Construções em litisconsórcio. Sustenta que é inadmissível que venha a ser responsabilizada por atos de terceiros, já que não tem como checar a fonte de todas as informações trazidas ao contrato social.
Sr. Machado e Rico Construções, de sua parte, refutaram a tese da petição inicial aduzindo que o autor assinou o contrato social, querendo apenas se furtar ao pagamento de dívidas da sociedade Rico Construções Ltda.

Foi realizada prova em audiência.

Na oportunidade, provou-se que o autor, apesar de figurar desde 18/03/1995 como sócio de uma empresa de construção civil, pavimentação e terraplanagem, denominada Rico Construções, detém a profissão de serralheiro. Seu depoimento pessoal, corroborado por testemunhas, deixou claro que foiempregado da “Rico Construções”, sem carteira assinada, recebendo pagamento em dinheiro e que o Sr. Machado era o dono do estabelecimento. O autor afirmou ainda que assinava papéis sem o exato conhecimento do que se tratava.

Segundo o depoimento:

“Eu só vim me tocar depois que depois que cheguei aqui, que chegava o irmão dele com um monte de papel na hora que eu chegava para almoçar, dizendo que tinha que ser assinado logo para o pagamento de vocês, sempre ele chegava nessas horas impróprias."

Consta da mídia de gravação lançada nos autos que o autor somente estudou até a quinta série do ensino fundamental.

Alegações finais constam nos autos.

É o relatório.

Redija uma sentença utilizando como parâmetro este relatório.

 

PGE/PGM - Rodada 47.2014

Em 1994 o INCRA ajuizou “ação de desapropriação por interesse social para fins de reforma agrária” referente a um imóvel localizado na cidade de Marabá/PA,  chamado “fazenda felicidade”, através da qual adquiriu a sua propriedade.

 

Recentemente, contudo, foi constatada a presença de terceiros em parte da referida área desapropriada, o Sr. Joaquim e a Sra. Joana.

 

Em 2003, referido casal ajuizou uma ação de usucapião, já transitada em julgado desde o ano de 2008. A mesma transcorreu sem que em nenhum momento houvesse citação do INCRA.

 

Na qualidade de Procurador Federal, a peça processual adequada à defesa do interesse da autarquia em recuperar a propriedade do imóvel em questão

 

Defensoria Pública Estadual - Rodada 47.2014

João Emílio Zumbá estudante do Cabo Verde que veio ao Brasil com bolsa de Estudos para o curso superior de engenharia elétrica, venceu seleção para participar de um congresso de estudantes em Brasília sobre fontes energéticas e sustentabilidade urbana, neste congresso iria apresentar trabalho de sua autoria.

 

Ao chegar no Aeroporto Internacional de Vera Estrela/Estado 27 com passagens aéreas compradas pela Universidade Federal em que estuda, embarcou no avião da empresa Fly27S/A, sociedade de economia mista do Estado 27. O vôo decolou, mas teve problemas técnicos e voltou a pousar no mesmo aeroporto de Vera Estrela que dista alguns quilômetros da zona urbana. Eram três horas da tarde. O aluno ficou no saquão do aeroporto, mais de quatro horas, sem saber qual providência poderia ser tomada, até que um funcionário da Fly27 lhe informou, depois de muita insistência. O Vôo que pegaria sairia na madrugada do dia seguinte às cinco horas da manhã.

 

Como o alojamento em que ficaria o aluno, bem como sua alimentação já estavam pagos em Brasília, ele não tinha nenhum dinheiro em mãos. Passou  a noite no Aeroporto, sem dinheiro para ir de táxi dormir em casa e sem ter por quem chamar. Ficou sem comer nada o resto da tarde e a noite inteira, pois tampouco tinha dinheiro para isso também.

 

Na manhã seguinte chegou em Brasília pelas dez da manhã, foi direto ao local da apresentação pois teria de montar seu projeto e expor antes do meio dia. De modo que amargou um jejum de 24 horas.

 

Muito tempo depois do regresso, foi à DPE em Vera Estrela e entrou com ação cível contra a companhia aérea Fly27. Pediu dano moral.

 

Em contestação a Fly27, reconheceu todos os fatos da inicial como verdadeiros, mas alegou: 1.a. Ilegitimidade de parte, pois a Universidade Federal 27 comprou os bilhetes; 1.b. Ilegitimidade da defensoria pública para representar judicialmente o requerente, pois não é cidadão brasileiro; 2. Incompetência da Vara Cível, pois a empresa aérea faz transporte público e é da administração indireta, deve ter, pois, tratamento de fazenda pública a começar, por remessa dos autos à vara da fazenda pública; 3. Caso fortuito que quebra do nexo causal, pois o avião que levaria o requerente da primeira vez era novo e apresentou defeito de fabricação que poderia colocar o vôo em risco; 4. Mero dissabor sofrido pelo requerente que não logrou provar qualquer humilhação ou dano a direito da personalidade.

 

O juiz da 2ª Vara Cível de Vera Estrela, ao examinar o processo, depois de ler a contestação, notou que a pretensão estaria prescrita, pois prescreveu no dia seis de janeiro de 2014. Dia de recesso forense com protocolo e distribuição de ações suspenso em virtude de ato do TJ27 (tribunal de justiça estadual hipotético). A ação foi ajuizada no dia sete de janeiro de 2014.

 

A DPE foi intimada da decisão no dia 20 de novembro de 2014.

 

Na qualidade de Defensor Público Estadual, interponha a peça cabível, no último dia do prazo. Máximo de cem linhas. Times New Roman 12.

 

Sentença Estadual - Rodada 47.2014

EMAGIS - RODADA 47.2014 - SENTENÇA ESTADUAL:

“SMIGOL DA SILVA” participou de um consórcio da “CADA UM POR SI CONSÓRCIOS LTDA” para a aquisição de bem móvel. O contrato foi firmado em 05.01.2009, sendo o prazo do contrato de 120 (cento e vinte) meses. Por dificuldades financeiras, SMIGOL formalizou desistência do consórcio, isso após o pagamento de 30 (trinta) parcelas.

Não havendo composição extrajudicial, o consorciado ajuizou ação em face da administradora do consórcio pleiteando a devolução integral e imediata dos valores pagos. Sustenta a abusividade da cláusula contratual que estabeleceu a restituição somente após o encerramento do grupo respectivo, no prazo de 30 (trinta) dias após tal evento.

Na sua defesa, “CADA UM POR SI CONSÓRICOS LTDA” argumentou: a) a restituição das parcelas pagas do contrato de consórcio somente poderia ocorrer até 30 (trinta) dias após o encerramento do grupo, conforme previsão contratual; b) do valor total pretendido pelo autor deveriam ser abatidos os seguintes encargos: b.1) taxa de administração (percentual de 12%); b.2) cláusula penal no percentual de 10%; b.3) taxa de adesão ao plano de consórcio, até porque esta teria a mesma natureza da taxa de administração, só que antecipada; b.4) seguro; b.5) e o valor pago a título de fundo de reserva (percentual de 5%). A ré juntou contrato e extratos relativos aos pagamentos realizados pelo autor, tendo informado, ainda, que o contrato já havia sido rescindido, isso quando do pedido de desistência realizado por SMIGOL DA SILVA.   

Não houve instrução oral. Sem outros incidentes dignos de nota, os autos foram encaminhados ao gabinete do magistrado.

Este o caso da Rodada. Profira a decisão que reputar adequada. Não é necessária a confecção de relatório. Considere que o feito tramitou segundo o procedimento ordinário.

 

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