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Ministério Público Federal - Rodada 37.2014

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Discursivas - Rodada 37.2014 - Questão 1

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Discursivas - Rodada 37.2014 - Questão 2

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Discursivas - Rodada 37.2014 - Questão 3

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Discursivas - Rodada 37.2014 - Questão 4

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Objetivas - Rodada 37.2014

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Sentença Federal - Rodada 37.2014

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PGE/PGM - Rodada 36.2014

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Defensoria Pública Estadual - Rodada 36.2014

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Sentença Estadual - Rodada 36.2014

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Defensoria Pública Federal - Rodada 36.2014

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Discursivas - Rodada 36.2014 - Questão 1

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Discursivas - Rodada 36.2014 - Questão 2

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Discursivas - Rodada 36.2014 - Questão 3

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Discursivas - Rodada 36.2014 - Questão 4

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Magistratura Trabalhista - Rodada 36.2014

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Ministério Público Estadual - Rodada 36.2014

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Discursiva Federal - Rodada 36.2014

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Ministério Público Federal - Rodada 36.2014

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Objetivas - Rodada 36.2014

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Sentença Federal - Rodada 36.2014

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PGE/PGM - Rodada 35.2014

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Sentença Estadual - Rodada 35.2014

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Defensoria Pública Estadual - Rodada 35.2014

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Defensoria Pública Federal - Rodada 35.2014

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Discursivas - Rodada 35.2014 - Questão 1

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Discursivas - Rodada 35.2014 - Questão 2

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Discursivas - Rodada 35.2014 - Questão 3

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Discursivas - Rodada 35.2014 - Questão 4

Ministério Público Federal - Rodada 37.2014

A Justiça de Honduras apresentou carta rogatória expedida pelo Ministério Público de Honduras em que se postula exequatur para realização de qualificação e interrogatório de Maria José, pessoa domiciliada no Brasil.
Consta da rogatória que os investigados em Honduras utilizaram o domínio www.estelionato.com.br, gerenciado pela provedora brasileira Universo On Line.  Distribuída a rogatória, foi dado vista à Procuradoria-Geral da República, que requereu a intimação da UOL para informar a pessoa em nome de quem o domínio foi mantido, bem como, depois, a intimação dessa pessoa para prestar informações sobre o caso.
O Ministro relator determinou a intimação de Maria José para impugnar a carta rogatória e da UOL para prestar informações, conforme requerido pelo MPF.
Maria José não se manifestou.
A UOL, por sua vez, postulou a não concessão do exequatur pelos seguintes fundamentos: a) não caberia ao MPF ampliar o objeto da rogatória; b) a carta rogatória foi expedida pelo Ministério Público de Honduras, e não pelo Judiciário daquele país; c) falta de preenchimento de alguns requisitos do art. 202 do Código de Processo Civil brasileiro; d) o crime de estelionato foi praticado no Brasil, de modo que a competência para investigação e processo é das autoridades brasileiras; e) o valor do estelionato praticado, segundo a rogatória, é de 10.000 lampiras (moeda hondurenha), o que vale a aproximadamente R$ 200,00, de modo que ao STJ impõe-se reconhecer a insignificância e arquivar a rogatória; e) a diligência determinada à UOL afronta direito constitucional do sigilo dos dados cadastrais.
O Ministro determinou o encaminhamento dos autos à PGR para manifestação.
Elabore, na condição de Subprocurador-Geral da República, o parecer correspondente, manifestando-se de maneira conclusiva sobre o exequatur.
Máximo de 60 linhas.

 

Discursivas - Rodada 37.2014 - Questão 1

Prevê o art.122 do Estatuto da Criança e do Adolescente:

Art. 122. A medida de internação só poderá ser aplicada quando:
II - por reiteração no cometimento de outras infrações graves; 

O Ministério Público, diante da reincidência de menor em cometimento de infração grave, opinou ao juiz pela aplicação da internação. O magistrado, contudo, entendeu ser a internação inaplicável, diante da ausência de reiteração, que indica mais do mera reincidência, exigindo pelo menos três atos graves. Pergunta-se: está correto o entendimento do Juízo? Resposta em até quinze linhas

Discursivas - Rodada 37.2014 - Questão 2

Fulano ajuizou ação pleiteando a restituição de pedágio pago em rodovia concedida pelo Poder Público. Para tanto, alega:1) violação ao princípio da legalidade estrita, pois o pedágio não foi fixado por lei , como é exigido em matéria tributária;2) a ausência de via alternativa à rodovia em que é cobrado o pedágio torna ilegal a cobrança, diante da liberdade constitucional de tráfego.Analise a correção das teses em até quinze linhas.

Discursivas - Rodada 37.2014 - Questão 3

  Inscrição de empresário individual no Registro Público de Empresas Mercantis: natureza declaratória ou constitutiva? Fundamente em até 20 linhas.

Discursivas - Rodada 37.2014 - Questão 4

O incremento do risco no contrato de seguro. Resposta em até 20 (vinte) linhas.

Discursivas - Rodada 37.2014

Prevê o art.122 do Estatuto da Criança e do Adolescente:

Art. 122. A medida de internação só poderá ser aplicada quando:
II - por reiteração no cometimento de outras infrações graves; 

O Ministério Público, diante da reincidência de menor em cometimento de infração grave, opinou ao juiz pela aplicação da internação. O magistrado, contudo, entendeu ser a internação inaplicável, diante da ausência de reiteração, que indica mais do mera reincidência, exigindo pelo menos três atos graves. Pergunta-se: está correto o entendimento do Juízo? Resposta em até quinze linhas

 

Fulano ajuizou ação pleiteando a restituição de pedágio pago em rodovia concedida pelo Poder Público. Para tanto, alega:1) violação ao princípio da legalidade estrita, pois o pedágio não foi fixado por lei , como é exigido em matéria tributária;2) a ausência de via alternativa à rodovia em que é cobrado o pedágio torna ilegal a cobrança, diante da liberdade constitucional de tráfego.Analise a correção das teses em até quinze linhas.

 

  Inscrição de empresário individual no Registro Público de Empresas Mercantis: natureza declaratória ou constitutiva? Fundamente em até 20 linhas.

 

O incremento do risco no contrato de seguro. Resposta em até 20 (vinte) linhas.

 

Objetivas - Rodada 37.2014

(Emagis) Sobre hemenêutica constitucional e interpretação evolutiva, julgue os seguintes itens:
I. Entende-se por fossilização constitucional a adoção de interpretações vinculantes por parte do STF de modo que ficaria impedida a evolução da interpretação do texto constitucional.
II. A reforma constitucional atinge o texto da norma constitucional, enquanto a mutação constitucional muda a norma nele contida, sem, no entanto, modificação do texto.
III. É exemplo de mutação constitucional a competência para o julgamento de HC em face das decisões dadas pelas turmas recursais, pois o STF, que a princípio entendia que o HC em face das turmas recursais seria de competência do próprio STF, passou a entender que este HC seria de competência do tribunal de justiça, ou federal respectivo. A mudança da competência se operou sem mudança de texto.
IV. É exemplo de reforma constitucional a decisão do Supremo que reconhece como união estável a convivência pública e contínua com intenção de constituir família ainda que os conviventes sejam pessoas do mesmo sexo.
Estão corretos os seguintes itens:

 

(Emagis) As assertivas que seguem tratam de hipóteses constitucionais de confisco.
I – Propriedades rurais e urbanas nas quais localizada a exploração de trabalho escravo serão expropriadas e destinadas à reforma agrária a programas de habitação popular, sem qualquer indenização ao proprietário.
II – Todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do trabalho escravo será confiscado e revertido a fundo especial com destinação específica.
III – O confisco de propriedades em que localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas, pela redação da Constituição Federal, somente se aplica se sediadas na zona rural.
Estão corretas as seguintes assertivas:

 

(Emagis) A respeito do Sistema Único de Saúde (SUS), considerados os dispositivos constitucionais e legais, além da jurisprudência dos Tribunais Superiores, marque a alternativa INCORRETA.

 

(Emagis) No que se refere à responsabilidade da Administração, indique o item verdadeiro:

 

(Emagis) A respeito da prescrição da ação disciplinar, atento(a) aos comandos da Lei 8.112/1991 e à jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, marque a alternativa INCORRETA.

 

(Emagis) A respeito do acesso, pelo administrado, de informações armazenadas pela Administração Pública, considerados os dispositivos constitucionais e legais, além da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, marque a alternativa INCORRETA.

 

(Emagis) As assertivas que seguem contém disposições referentes às Unidades de Conservação, devendo ser avaliadas em consonância com a Lei 9.985/2000 e a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça.
I – A criação e formalização de unidade de conservação de proteção integral invalida as licenças ambientais anteriormente concedidas.
II – Antes da criação de uma Unidade de Conservação, é possível a instituição de limitações administrativas provisórias, durante o trâmite dos estudos técnicos, a fim de proteger cautelarmente a área.
III – Embora a lei preveja a possibilidade de cobrança de taxa de visitação da unidade de conservação de proteção integral, não disciplina a destinação a ser dada aos recursos arrecadados.
Estão corretas as seguintes assertivas:

 

(Emagis) Atualmente para a caracterização de fraude à execução em matéria tributária é necessário:

 

(Emagis) Quanto ao direito tributário constitucional, julgue os itens que seguem:
I – Imóvel rural pertencente à instituição religiosa, enquanto alugado a terceiros, não gozará da imunidade quanto ao imposto sobre propriedade territorial rural (ITR).
II – Para fins de imunidade quanto a impostos equipara-se à instituição de assistência social qualquer entidade fechada de previdência social.
III – O direito de petição e o de certidão, assegurados a todos independentemente do pagamento de taxas, constituem exemplos de imunidade tributária.

 

(Emagis) A respeito da compensação do indébito tributário, atento(a) à jurisprudência sedimentada pelo Superior Tribunal de Justiça, avalie as assertivas que seguem.
I – A regra de imputação de pagamento presente no artigo 354 do Código Civil aplica-se às hipóteses de compensação tributária.
II – Sentença declaratória de indébito, transitada em julgado, habilita o beneficiário a pleitear a compensação, mas não a repetição do indébito.
III – Os limites estabelecidos pelas Leis 9.032/1995 e 9.129/1995 à compensação de indébito tributário não se aplicam se for o indébito decorrente de declaração de inconstitucionalidade da exação pelo STF.
Estão corretas as seguintes assertivas:

 

(Emagis) Sobre os chamados recursos excepcionais, o reexame de prova e os conceitos vagos, indique o item verdadeiro:

 

(Emagis) Quanto ao mandado de segurança, julgue os itens a seguir:
I – Quando o direito ameaçado ou violado couber a mais de uma pessoa, será necessário que todas requeiram ou autorizem o mandado de segurança.
II – Não se concederá mandado de segurança quando se tratar de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução.
III – A existência de recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução, não impede o uso do mandado de segurança contra omissão da autoridade responsável pelo julgamento.

 

(Emagis) Sobre as ações possessórias, analise os itens que seguem:
I – Se alguém for esbulhado de sua posse e ajuizar um interdito proibitório, o julgador deverá extinguir o processo sem julgamento do mérito, por inadequação do meio eleito.
II – Em caso de composse, o cônjuge necessitará do consentimento do outro para propor ações possessórias.
III – A competência absoluta do foro da situação da coisa existente para as ações fundadas em direito real sobre imóveis não é extensível para as ações possessórias, já que a posse não é elencada como um direito real pelo Código Civil.

 

(Emagis) A respeito da cobrança de honorários advocatícios no processo de execução, considerada a jurisprudência consolidada pelo Superior Tribunal de Justiça, marque a alternativa CORRETA.

 

(Emagis) Sobre a prova emprestada, considerada a jurisprudência recentemente sedimentada pelo Superior Tribunal de Justiça, marque a alternativa CORRETA.

 

(Emagis) Sobre o direito à renovação do contrato de aluguel de imóvel afetado, pelo locatário, ao exercício de atividade comercial, avalie, considerados os dispositivos da Lei 8.245/1991 (Lei de Locações de Imóveis) e a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, avalie as assertivas que seguem.
I – Se a União for locadora do bem, não pode o locatário servir-se dos dispositivos da Lei 8.245/1991.
II – Se empresa pública federal for locadora do bem, não pode o locatário servir-se dos dispositivos da Lei 8.245/1991.
III – Se o locador, por determinação do Poder Público, tiver que fazer obras no imóvel que importem em sua radical transformação, pode negar-se a renovar a locação.
Estão corretas as seguintes assertivas:

 

(Emagis) As assertivas que seguem tratam do bem de família, devendo ser avaliadas em consonância com a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça.
I – A impenhorabilidade do bem de família abrange o imóvel pertencente a pessoas solteiras, separadas e viúvas.
II – A impenhorabilidade do bem de família atinge o imóvel residencial locado pelo seu proprietário a terceiro, desde o único imóvel de que seja dono.
III – Ainda que o único imóvel residencial não seja habitado por seu proprietário, mas, sim, por seu familiar, incidirá a impenhorabilidade em questão.
Estão corretas as seguintes assertivas:

 

(Emagis) Sobre a responsabilidade civil do fornecedor do serviço de transporte, julgue as proposições a seguir à luz do CC, CDC e da jurisprudência do STJ:
I – Bala perdida que atinge passageiro dentro de ônibus de concessionária de transporte coletivo de passageiros gera responsabilidade da empresa, pois se trata de fortuito interno ao negócio, sendo inerente ao contrato de transporte de passageiros o dever de incolumidade física dos passageiros.
II – Passageiro que é assaltado à mão armada dentro de ônibus de concessionária de transporte coletivo de passageiros possui direito de ser indenizado pela empresa, pois se trata de fortuito interno ao negócio, sendo inerente ao contrato de transporte de passageiros o dever de incolumidade física dos passageiros.
III – No contrato de transporte de coisas, o roubo da carga por terceiros, quando demonstrado que a transportadora adotou as cautelas que razoavelmente dela se poderia esperar, exclui o dever de indenizar da transportadora por ser fortuito externo.

 

(Emagis) As assertivas que seguem tratam dos direitos autorais, devendo ser julgadas em consonância com a Lei 9.610/1998 e com a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça.
I – Não enseja o pagamento de direitos autorais a reprodução, em local de frequência coletiva, de música sem autorização de seu autor quando não verificada a finalidade lucrativa daquele que promove a reprodução.
II – A disponibilização de aparelhos de rádio nos quartos de hotéis não gera para os responsáveis por estes o dever de pagamento dos direitos autorais decorrentes das músicas reproduzidas.
III – A retransmissão de música em supermercado sem autorização de seus autores, quando demonstrada a ausência de intuito lucrativo pelo estabelecimento, não o sujeita ao pagamento de direitos autorais.
Estão corretas as seguintes assertivas:

 

(Emagis) A respeito das hipóteses de abolitio criminis temporária e extinção da punibilidade, considerados os dispositivos da Lei 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento), as sucessivas alterações legislativas nele produzidas e a jurisprudência sedimentada pelos tribunais superiores, marque a alternativa INCORRETA.

 

(Emagis) A respeito do crime de redução a condição análoga à de escravo (CP, artigo 149), atento(a) à jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Federal, além dos dispositivos do Código Penal, marque a alternativa CORRETA.

 

(Emagis) – Sobre a graça, a anistia e o indulto, observados os dispositivos legais e constitucionais, além da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, marque alternativa INCORRETA.

 

(Emagis) No que diz respeito às penas e seus efeitos indique o item correto:

 

(Emagis) No que se refere ao rito processual penal dos juizados especiais, indique o item correto:

 

(Emagis) – A respeito da competência criminal da Justiça Comum e da Justiça Eleitoral, considerado o crime de injúria, observados os dispositivos legais e a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, marque a alternativa INCORRETA.

 

Sentença Federal - Rodada 37.2014

O Ministério Público Federal denunciou Odin em 11/10/2010 pela prática do crime descrito no art. 168-A do CP c/c art. 69 também do CP.

De acordo com a acusação, Odin era sócio administrador da sociedade empresária Acme Ltda. pelo fato de haver descontado de seus empregados a contribuição previdenciária e não ter repassado os valores correspondentes ao INSS, relativamente às competências 01/2009, 02/2009 e 03/2009.

A peça acusatória foi aparelhada com o Inquérito Policial nº 14/2010, instaurado por meio de requisição do Ministério Público Federal, baseado em representação fiscal para fins penais encaminhada pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.

Consta do inquérito, a informação de que o processo administrativo correspondente foi concluído, com o lançamento do débito total, no importe de R$ 75.321,12 (setenta e cinco mil, trezentos e vinte e um Reais, doze centavos).

No citado processo administrativo fiscal, existiam várias Notificações Fiscais de Lançamento dos Débitos (NFLD´s 10/2010, 11/2010 e 12/2010), nas quais o devedor tinha apresentado manifestação no prazo concedido, porém com a rejeição total dos argumentos.

A denúncia, então, foi recebida em 13/10/2010 e o réu citado para apresentação de defesa.

Citado, Odin, por meio de advogado constituído, remeteu às alegações finais a prova de sua inocência.

Foi determinado o prosseguimento do feito, considerando-se a inexistência de hipótese de absolvição sumária.

Foram ouvidos como testemunha de acusação o Auditor Fiscal que conduziu o processo administrativo e, pela defesa, 2 (dois) empregados da sociedade empresária em questão.

Durante o interrogatório, Odin afirmou que era empresário há 10 (dez) anos, percebia cerca de R$ 10.000,00 (dez mil Reais) mensais de rendimentos, confirmou que, de fato, não efetuou o recolhimento das contribuições descontadas e ratificou as informações prestadas pelas testemunhas de defesa, no sentido de que a sociedade empresária teria experimentado dificuldades financeiras, diante da variação do dólar existente naquele momento. Acrescentou, ainda, que optou por não ingressar em programa de parcelamento para não se ficar atrelado a pagamentos que talvez não pudesse honrar.

Ao final da audiência, indagadas pelo juiz que então conduzia o feito, as partes não indicaram necessidade de diligências adicional.

 Na sequência, dentro do prazo legal, ofereceram alegações finais escritas por meio de memoriais.

O Ministério Público Federal, na ocasião, ratificou a argumentação já desenvolvida na petição inicial e pleiteou a condenação de Odin nas penas do art. 168-A do CP c/c art. 69 do CP, diante da constatação do concurso material. Destacou que a confissão não poderia ser considerada pelo Juízo, pois não teria influenciado no resultado acerca da comprovação do delito.

Odin, por sua vez, alegou a inépcia da petição inicial acusatória, uma vez que não era mais sócio-administrador da sociedade no momento da denúncia, conforme documentos que constavam dos autos, bem como invocou a inexigibilidade de conduta diversa diante da situação financeira então vivida na sociedade empresária, o que teria produzido retração do mercado e influenciado a saúde financeira da empresa. Ao final, pleiteou a sua absolvição.

Os autos, então, vieram conclusos.

Redija a sentença que se entenda cabível, dispensando-se a confecção do relatório.

 

PGE/PGM - Rodada 36.2014

A servidora pública Marinete Macfly, ocupante de cargo técnico-administrativo no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas desde julho/2009, apresentou requerimento perante a Reitoria da entidade visando à concessão de licença para capacitação.

Relatou ter concluído o concurso superior de enfermagem e que acabara de ingressar no curso de especialização em nível de pós-graduação lato sensu oferecido por instituição de ensino superior na cidade onde reside. Assim, de modo a obter melhor rendimento e o aperfeiçoamento profissional almejado, pretende afastar-se de suas funções, mediante licença, direito que lhe seria reconhecido pela Lei nº 8.112/90.

Autuado o processo administrativo sob o nº 000537/2014, a Diretoria de Gestão de Pessoas amealhou documentos relacionados à notória carência de pessoal técnico-administrativo no âmbito da Instituição e, ainda, a impertinência da curso para o desempenho das funções administrativas da servidora, encaminhando os autos à Procuradoria competente para análise.

Diante da situação hipotética apresentada, na condição de Procurador Federal, elabore um parecer jurídico sobre o caso.

 

Defensoria Pública Estadual - Rodada 36.2014

A Defensoria Pública Estadual do Estado 27, no uso de suas atribuições legais, entrou com ação civil pública pedindo indenização em face da maternidade escola Xavier Vanares. No ano de 2010, a referida maternidade, contratou uma enfermeira chamada Cátia Cras  que por equívoco ministrou em lugar de composto polivitamínico líquido uma espécie de produto de limpeza hospitalar na dieta de recém nascidos prematuros. Mais de dez bebês vieram a óbito, e muitos ficaram com sequelas neurológicas.

 

A maternidade, entidade privada conveniada ao SUS que atendia ao público mais pobre da grande Favela do Pipoco no Município de Vera Estrela Estado 27, foi processada e ao fim condenada pelo juiz da vara  cível de Vera Estrela.

 

A condenação determinou que a maternidade indenizasse cada família da favela à razão de trinta salários mínimos por cada membro que morasse na casa do recém nascido.

 

A Maternidade apelou e não recolheu custas, tendo sido a apelação julgada deserta em primeiro grau.

 

A Maternidade Xavier Vanares voltou a apelar. Na nova apelação impugnou o não recebimento da anterior por se tratar de caso de isenção de custas, pois como a Maternidade atendia pelo SUS, tinha os privilégios da Fazenda Pública. Alegou no recurso que a Defensoria Pública deveria ter recolhido a procuração dos diversos interessados, não tendo legitimidade para o feito; alegou ilegitimidade passiva, pois como atende pelo SUS, no mínimo o Estado e o Município deveriam participar do feito, que deveria ter sido processado na vara da Fazenda Pública; por este motivo alegou incompetência absoluta;  Alegou que Cátia Cras tinha culpa exclusiva em relação ao fato o que afastaria a responsabilidade objetiva da maternidade; alegou por fim dever a indenização por morte de cada recém-nascido ser igual para as famílias, sob pena de a vida de um bebê valer mais que a de outro, sendo não isonômica a contagem dos membros moradores na casa em que as crianças morreram.

 

Intimado da segunda apelação no dia 4 de setembro de 2014, Como Defensor Público Estadual em Vera Estrela ofereça a peça cabível no último dia do prazo. Máximo de cem linhas. Times New Roman 12.

 

Sentença Estadual - Rodada 36.2014

EMAGIS – RODADA 36.2014 – SENTENÇA ESTADUAL:

João e Maria conviveram maritalmente por aproximadamente 3 (três) anos. Logo no início do relacionamento os desentendimentos se mostraram constantes, circunstância a evidenciar que o enlace não seria prolongado.

A separação foi concretizada em decorrência de um fato grave! Após ficar enciumado ao ver mensagens de desconhecidos no celular de sua companheira, João agrediu fisicamente Maria, sendo o fato registrado em Delegacia, inclusive com oferecimento de representação para fins penais. As lesões foram de natureza leve e a persecução penal foi iniciada. No recebimento da inicial, o magistrado processante proferiu medida protetiva de urgência, determinando que João não se aproximasse de Maria, devendo manter uma distância mínima de 10 (dez) metros (art. 22, III, a, da lei 11.340/2006). Vale registrar que, após o fato que deu origem a tal ação penal, cessou a união estável.

Aproximadamente quatro meses após o início da ação penal narrada no parágrafo acima, depois de beber cinco cervejas num bar próximo, João foi à noite até a casa de sua ex-companheira. Disse à Maria pelo interfone que queria apenas conversar. Entretanto, Maria lembrou a este que havia uma medida protetiva relativa à distância e que os dois não teriam mais nada o que conversar. Não satisfeito com a resposta, João pulou o muro da casa, encontrando Maria logo na porta de entrada. Após uma discussão, João desferiu três socos em Maria, que, ao cair ao chão, ficou desacordada. O fato foi presenciado por Joana, vizinha de Maria, que estava na casa desta e tentou evitar as agressões, mas não conseguiu. Ao ver Maria desacordada, João promoveu fuga do local.

Poucos minutos depois da retirada de João, Maria recobrou a consciência, mas sentia fortes dores. Foi conduzida por sua vizinha a um hospital, sendo constatado através de exames e laudo médico que havia quebrado a clavícula, além de outros ferimentos de menor gravidade. Após receber os cuidados necessários, Maria foi de imediato à Delegacia registar nova ocorrência.

Perante o Delegado, a vítima relatou tudo o que ocorrido e pediu a responsabilização de João em razão deste novo fato. Apresentou, os exames e atestado médicos do hospital onde recebeu os primeiros socorros. Além de formalizar o depoimento de Maria, o Delegado determinou a imediata realização de exame de corpo de delito através da perícia oficial no IML. O trabalho pericial foi realizado, sendo confirmada a lesão sofrida, bem assim o fato de que Maria não poderia desenvolver suas atividades de vendedora (empregada) pelo prazo de 40 (quarenta) dias.

A investigação policial teve rápida e regular evolução, sendo João indiciado por lesões corporais graves e invasão de domicílio. Inclusive, durante a apuração policial, Maria também forneceu cópia da filmagem do circuito interno de vigilância de sua casa, sendo possível ver nitidamente toda a dinâmica do acontecido. Quando ouvido pelo Delegado, João afirmou que estava embriagado e que não se lembrava de nada. Disse, também, que já tinha se mudado para outra cidade distante 700 km, isso por razões profissionais (transferência na empresa onde trabalhava – apresentou comprovação do novo endereço).

Já de posse desta investigação, o Ministério Público ofereceu denúncia em face de João pelo cometimento dos seguintes crimes: a) art. 129, §1º, I, combinado §10º, do CP; b) art. 150, §1º, do CP; c) art. 330 do CP. Este último tipo penal foi apresentado na denúncia em razão de o réu ter descumprindo a ordem judicial (medida protetiva de urgência) de permanecer a uma distância mínima da vítima, decisão essa proferida na anterior ação penal. Quando do oferecimento desta nova acusação, já havia sido proferida sentença condenatória em face de João pelo cometimento de lesões corporais leves, isso relativamente ao primeiro fato (primeira ação penal), havendo recurso da defesa pendente de julgamento. Os autos de referido processo foram anexados à denúncia pertinente ao segundo fato. Na denúncia o MP requereu, também, a decretação da prisão preventiva de João.

A acusação foi aceita, mas o pedido de prisão preventiva foi negado pelo juízo. O procedimento adotado foi o ordinário.  O réu apresentou defesa, mas o recebimento da denúncia foi confirmado na fase do art. 397 do CPP. Junto com a defesa, além de outros documentos, apresentou comprovante de endereço de sua nova residência. O recebimento da denúncia foi confirmado.

Durante a instrução, foi realizado exame pericial complementar para analisar a incapacidade da vítima para suas atividades habituais por mais de 30 (trinta) dias. Tal exame foi procedido 65 (sessenta e cinco) dias após a prática dos atos imputados a João. O resultado foi no sentido de que Maria efetivamente teria permanecido 40 (quarenta) dias incapacitada para retornar as suas atividades como vendedora empregada. Também foi anexado aos autos extrato de benefício de auxílio-doença recebido por Maria em tal período, considerando a necessidade de afastamento do trabalho.

Na instrução oral foram ouvidos: Maria, sua vizinha Joana e João. Maria reiterou os fatos narrados e disse que João deveria ser condenado pelo que fez. Disse, também, que após esse último acontecido não mais recebeu qualquer investida por parte do réu. Joana, na condição de testemunha de acusação, confirmou que presenciou as agressões perpetradas por João. Já o réu, de início confessou que efetivamente cometeu as agressões, mas que nunca teve a intenção de ferir de modo mais grave Maria. Consignou, também, que estava completamente embriagado e que não se lembrava de nada. Quanto a tal ponto, João lembrou a existência nos autos de teste alcoólico realizado poucas horas após o acontecido e que demonstrava uma quantidade alta de álcool em seu sangue (embriaguez). Por fim, o réu reiterou que já morava em outra cidade distante 700 km.

Em alegações finais o MP pediu a condenação nos termos da denúncia e renovou o pedido de prisão preventiva de João.

O réu, por sua vez, defendeu o seguinte: a) ausência de representação formal como condição de procedibilidade para a ação penal relativamente ao crime de lesões corporais; b) na hipótese de superação do argumento anterior, nulidade pela não realização da audiência prevista no art. 16 da Lei n.º 11.340/2006; c) não oferecimento de transação penal em relação aos crimes violação de domicílio e desobediência; d) o não oferecimento do sursis processual; e) imprestabilidade do laudo complementar produzido em juízo, posto que realizado 65 dias após o fato, devendo, assim, o juízo realizar emendatio para o crime de lesões corporais leves; f) seu estado de embriaguez total quando do acontecido.

As certidões de antecedentes do réu apenas acusavam a tramitação da primeira ação penal, ainda em fase de exame de apelação interposta pela defesa.

Este o caso da rodada! Profira a decisão que reputar adequada. Não precisa redigir o relatório. Bons estudos!


 

Defensoria Pública Federal - Rodada 36.2014

Zuíla Maria Matra deu à luz dois meninos com apenas vinte oito semanas de gestação. Um faleceu e o outro ficou sob cuidados de uma UTI neonatal do SUS. O filho sobrevivente foi diagnosticado com má formação dos olhos, necessitando de uma cirurgia antes de completar dois meses de idade sob pena de ficar cego.

 

Zuíla, que vive só e sem ajuda financeira de quem quer que seja, é trocadora de ônibus e percebe a quantia de R$ 1600,00 (mil e seiscentos reais mensais).  Procurou a Defensoria Pública da União que prontamente entrou com ação ordinária e pedido liminar em face União, a fim de que custeasse a cirurgia que custaria vinte mil reais. Tal preço se daria para a operação ser feita em hospital particular, único apto a realizara cirurgia por falta crônica de equipamento no hospital referenciado pelo SUS.

 

Foi dada liminar em primeiro grau determinando a realização da cirurgia em hospital particular à custa do SUS, com a retenção da verba diretamente da conta única do tesouro nacional.

 

A União recorreu da liminar. Alegou: a inadequação da representação da requerente pela DPU, já que com o que ganha poderia pagar advogado; falta de observância da formalidade de se ouvir a fazenda pública em 72 duas horas antes da liminar; irreversibilidade da medida; a existência de tratamento equivalente dado pelo SUS, que em breve estaria pronto para uso; a impossibilidade de se reservar verba pública federal para o custeio de tratamento de saúde por violar a separação de poderes.

 

Quando os autos deram entrada no TRF6 (tribunal hipotético), o relator da turma cível, suspendeu a liminar, fazendo fundamentação “per relationem” com o texto do recurso.

 

A DPU foi intimada da decisão do desembargador federal no dia 4 de setembro de 2014, no primeiro dia do prazo, impetre a peça cabível, mas indique na fundamentação até quando o recurso poderia ter sido interposto. Times New Roman 12. Máximo de cem linhas.

 

Discursivas - Rodada 36.2014 - Questão 1

É possível, em tese,  a incidência da agravante de motivo torpe em homicídio culposo? Resposta em até quinze linhas

Discursivas - Rodada 36.2014 - Questão 2

Qual o juízo competente, no Brasil, para conhecer dos pedidos de liquidação e de execução de obrigação de pagar quantia certa, fundados em sentença penal condenatória prolatada pela autoridade judiciária da República de Botswana, já homologada pelo Superior Tribunal de Justiça, sendo o réu brasileiro e menor de 18 anos? Evite tratar da imputabilidade em matéria penal, restringindo-se aos aspectos civis e processuais civis. Máximo de 15 linhas.

Discursivas - Rodada 36.2014 - Questão 3

    Extrapolação dos limites de acréscimo ou supressão em contrato administrativo (art. 65, §2º, da Lei n. 8.666/93): hipóteses de admissibilidade. Fundamente resposta em até 20 linhas.

Discursivas - Rodada 36.2014 - Questão 4

Posse liminar em concurso público e teoria do fato consumado: analise a questão sob o prisma constitucional. Resposta em até 20 (vinte) linhas.

Discursivas - Rodada 36.2014

É possível, em tese,  a incidência da agravante de motivo torpe em homicídio culposo? Resposta em até quinze linhas

 

Qual o juízo competente, no Brasil, para conhecer dos pedidos de liquidação e de execução de obrigação de pagar quantia certa, fundados em sentença penal condenatória prolatada pela autoridade judiciária da República de Botswana, já homologada pelo Superior Tribunal de Justiça, sendo o réu brasileiro e menor de 18 anos? Evite tratar da imputabilidade em matéria penal, restringindo-se aos aspectos civis e processuais civis. Máximo de 15 linhas.

 

    Extrapolação dos limites de acréscimo ou supressão em contrato administrativo (art. 65, §2º, da Lei n. 8.666/93): hipóteses de admissibilidade. Fundamente resposta em até 20 linhas.

 

Posse liminar em concurso público e teoria do fato consumado: analise a questão sob o prisma constitucional. Resposta em até 20 (vinte) linhas.

 

Magistratura Trabalhista - Rodada 36.2014

Olá, caros(as) alunos(as)!

Segue a prova de sentença relativa ao concurso C-330 para juiz do trabalho substituto do TRT da 8ª Região (PA/AP).

Prolate a sentença, procurando seguir as observações feitas pelo professor nos exercícios anteriores.

A reflexão sobre o passo anterior é fundamental para o acerto dos passos seguintes!

Em anexo, segue também um breve texto sobre a forma e conteúdo da sentença trabalhista, especialmente para os alunos recém-ingressos no nosso plano Magistratura Trabalhista.

Desejo-lhes um excelente trabalho!

Cordialmente,

Cleber Sales

 

 

Ministério Público Estadual - Rodada 36.2014

A Procuradoria Regional Eleitoral do estado de Pernambuco ofertou representação, fulcrada na lei 9.504/97, em desfavor do candidato EURÍPEDES ARANTES, motorista de taxi, residente em Recife/PE, candidato a deputado estadual nas eleições 2014, não eleito. (inicial hipoteticamente protocolizada no dia 05 de novembro de 2014).

Narra a exordial que EURÍPEDES recebeu doação no valor dez mil reais do sindicato dos taxistas do Estado de Pernambuco, o que é vedado pelo art. 24, VI, da Lei das Eleições, e que tal doação não constava de sua prestação de contas, a despeito de recebida no dia 12 de julho de 2014.

A PRE/PE extraiu cópia da inicial, das prestações de contas parciais, do extrato bancário da conta de campanha do candidato, no qual constava o depósito feito pelo sindicato, além da decisão judicial que determinou o afastamento do sigilo bancário de EURÍPEDES, autorizando seu compartilhamento para os demais fins legais, remetendo-as à promotoria eleitoral para as providências criminais.

Recebida a notícia de fato na 8ª promotoria eleitoral da capital, foi juntado extrato de pesquisa do INFOSEG, no qual não consta existência de ação penal ou investigação penal em desfavor de EURÍPEDES.

Adote a(s) medida(s) que entender cabível(eis).

 

Discursiva Federal - Rodada 36.2014

 É possível, em tese,  a incidência da agravante de motivo torpe em homicídio culposo? Resposta em até quinze linhas.

 

Qual o juízo competente, no Brasil, para conhecer dos pedidos de liquidação e de execução de obrigação de pagar quantia certa, fundados em sentença penal condenatória prolatada pela autoridade judiciária da República de Botswana, já homologada pelo Superior Tribunal de Justiça, sendo o réu brasileiro e menor de 18 anos? Evite tratar da imputabilidade em matéria penal, restringindo-se aos aspectos civis e processuais civis. Máximo de 15 linhas.

 

     Extrapolação dos limites de acréscimo ou supressão em contrato administrativo (art. 65, §2º, da Lei n. 8.666/93): hipóteses de admissibilidade. Fundamente resposta em até 20 linhas. 

 

Posse liminar em concurso público e teoria do fato consumado: analise a questão sob o prisma constitucional. Resposta em até 20 (vinte) linhas.

 

Ministério Público Federal - Rodada 36.2014

Responda às perguntas abaixo. Não faça consulta prévia alguma, salvo à lei seca.

1) Discorra sobre o princípio do redimensionamento da adequação típica em direito penal. Exemplifique. Máximo de 15 linhas (5 pontos).

2) Discorra sobre o princípio da adequação social do fato, em direito penal. Máximo de 15 linhas (5 pontos).

3) A mãe levou o filho criança a uma piscina de um clube. A criança começa a se afogar e a mãe omite-se em salvá-la. Ao lado esquerdo da mãe, um banhista assiste à cena e opta por não intervir, pois não queria se molhar. Ao lado direito da mãe, outro banhista, atônito, não entra na piscina porque não sabe nadar. O salva-vidas, por sua vez, não estava no momento porque deixou seu posto para participar de uma confraternização numa churrasqueira do clube. Discorra sobre a responsabilidade penal de cada um (10 pontos).

 

Objetivas - Rodada 36.2014

(Emagis) No que se refere ao poder constituinte derivado indique o item incorreto:

 

(Emagis) Reza a parte inicial da alínea d do inciso II do artigo 93 da Constituição Federal que “na apuração de antigüidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de dois terços de seus membros (...)” (destaque acrescentado).
Recentemente o Supremo Tribunal Federal definiu o que se deve entender por ‘membros’ do Tribunal, de modo a fixar-se a ‘base de cálculo’ sobre a qual incidirá os ‘dois terços’, de modo a obter-se o número de votos necessários para a recusa do juiz mais antigo.
Marque a alternativa que expressa, segundo o STF, o ‘número de membros’ do Tribunal para os fins mencionados.

 

(Emagis) Sobre as atribuições constitucionais do Ministério Público, considerada também a compreensão do Supremo Tribunal Federal, marque a alternativa INCORRETA.

 

(Emagis) Sobre o princípios que regem a Administração Pública, julgue os itens que se seguem:

I.    Justifica-se a preponderância do princípio do interesse público sobre o interesse particular porque o interesse público leva em consideração os interesses da coletividade.
II.    A moralidade administrativa não se confunde com a legalidade administrativa, na medida em que um ato administrativo pode preencher todos os requisitos da lei e ainda assim ser imoral.
III.    O princípio da impessoalidade é óbice para que se façam triagens de pacientes no atendimento à saúde de modo a serem atendidos primeiro os casos mais graves.
IV.    O princípio da autotutela permite à Administração revogar os atos ilegais e anular os inconvenientes e inoportunos.
São falsos:

 

(Emagis) Sobre a ajuda de custo paga ao servidor público por despesas de transporte e mudança, considerados os dispositivos legais e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, marque a alternativa CORRETA.

 

(Emagis) Sobre a concepção de serviço público, considerada a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, marque a alternativa CORRETA.

 

(Emagis) Sobre o tombamento como forma de tutela do patrimônio cultural nacional, avalie as assertivas que seguem.
I – É possível, segundo o Decreto-lei 25/1937, o chamado destombamento, isto é, o cancelamento do tombamento.
II – Há precedente do Superior Tribunal de Justiça que admitiu tombamento por Município de bem federal.
III – É pacífica entre os estudiosos do Direito Ambiental a compreensão no sentido do cabimento de tombamento de bens imateriais.
Estão corretas as seguintes assertivas:

 

(Emagis) Quanto ao imposto sobre produtos industrializados – IPI, analise as assertivas que seguem:
I – Pela literalidade do CTN, o contribuinte do imposto poderá ser o importador, o industrial, o comerciante que forneça ao industrial ou o arrematante de produtos industrializados.
II – O STJ recentemente rejeitou a existência de bitributação e admitiu a cobrança do IPI do mesmo importador/comerciante tanto por ocasião do desembaraço aduaneiro (importação) de produto industrializado como no momento posterior da operação de revenda (saída do estabelecimento importador) do produto industrializado importado no mercado interno.
III – Segundo o STJ os descontos incondicionais e as bonificações não integram a base de cálculo do imposto, devendo-se observar o valor da operação de saída do estabelecimento.

 

(Emagis) Atualmente para a caracterização de fraude à execução em matéria tributária é necessário:

 

(Emagis) No que se refere à denunciação à lide, nomeação à autoria e chamamento ao processo  julgue os itens que se seguem:
I.    A nomeação à autoria implica  uma sucessão processual, na medida em que há aí uma extromissão de parte.
II.    A nomeação à autoria é uma intervenção de terceiro provocada, e coativa na medida em que o terceiro é citado para integrar a lide, não podendo dela se esquivar, pois tem sujeição obrigatória à condição de réu.
III.    Para poder exercer os direitos que decorrem da evicção, o adquirente deve denunciar à lide o alienante quer no rito do comum ordinário, sumário, ou mesmo no rito dos juizados especiais.
Estão corretos os itens:

 

(Emagis) Quanto ao processo civil, julgue os itens abaixo:
I – O juiz poderá conhecer de ofício qualquer matéria passível de ser alegada pelo réu em contestação como preliminar ou prejudicial de mérito.
II – A incompetência relativa deve ser arguida através de exceção.
III – A jurisprudência do STJ com base na instrumentalidade das formas passou a admitir a arguição de incompetência relativa como preliminar em contestação, desde que não haja prejuízo à parte contrária.

 

(Emagis) Quanto à isenção de penhora sobre o bem de família, julgue os itens a seguir:
I – A vaga de garagem, mesmo que possua matrícula própria no registro de imóveis, será impenhorável sempre que o imóvel a que se refira constituir bem de família, segundo a regra de que o acessório segue o principal.
II – A impenhorabilidade não é oponível na ação civil ex delicto.
III – É possível a penhora de imóvel rural onde resida o devedor, desde que não abranja a parte da sede da moradia no imóvel.

 

(Emagis) A respeito dos honorários advocatícios e correção monetária do crédito principal na fase de cumprimento da sentença, considerada a jurisprudência consolidada pelo Superior Tribunal de Justiça, marque a alternativa CORRETA.

 

(Emagis) A respeito da arrematação de imóvel em execução fiscal de débito previdenciário, considerados os dispositivos da Lei 8.212/1991 e a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, marque a alternativa INCORRETA.

 

(Emagis) As assertivas que seguem tratam do espólio, devendo ser avaliadas tendo como paradigma a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça e os dispositivos legais correlatos.
I – Não tem o espólio legitimidade para ajuizar ação indenizatória por danos morais sofridos pelo de cujus, visto que a ofensa moral atinge apenas o plexo de direitos subjetivos deste.
II – Não tem o espólio legitimidade para ajuizar ação de cobrança de indenização securitária decorrente de invalidez permanente experimentada pelo de cujus antes do falecimento, visto que tal indenização securitária não mais pode ser aproveitada pelo segurado.
III – O espólio é representado em juízo, ativa e passivamente, pelo inventariante.
Estão corretas as seguintes assertivas:

 

(Emagis) No âmbito do direito do consumidor, julgue as assertivas a seguir:
I – A tarifa mínima cobrada mensalmente pelo serviço público de água e esgoto, mesmo que não haja qualquer registro de consumo no hidrômetro, constitui prática abusiva e ilegal.
II – O repasse do ônus econômico do PIS e da COFINS pela concessionária de telefonia móvel de forma destacada e expressa na fatura mensal ao consumidor, de modo que o valor total contemple além da própria tarifa (preço público) também o valor dos tributos incidentes, é prática legal admitida pela jurisprudência, mesmo que se trate de tributos diretos que possuem como contribuintes de direito as próprias concessionárias. ?III – O CDC não é aplicável aos planos privados de assistência à saúde individualmente acordados entre a operadora e o particular.

 

(Emagis) As assertivas que seguem tratam da duplicata, devendo ser avaliadas tendo como paradigma a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça e os dispositivos legais correlatos.
I – Sendo título de crédito causal, não se admite a emissão de duplicata lastreada em contrato de empréstimo de bem.
II – Inadmite-se, para fins de execução da duplicata, o chamado aceite presumido ou tácito, isto é, não pode o título ser executado sem que dele conste o expresso aceite do devedor.
III – Trata-se de título de crédito que pode ser emitido pelo próprio credor no ato de emissão da fatura.
Estão corretas as seguintes assertivas:

 

(Emagis) No que se refere aos crimes de falso, indique o item correto:

 

(Emagis) Sobre o perdão judicial, considerado o disposto no artigo 121, §5º, do Código Penal, além da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, avalie as assertivas que seguem.
I – A sentença concessiva do perdão judicial é declaratória da extinção da punibilidade, não subsistindo qualquer efeito condenatório.
II – Para que se configure grave sofrimento psicológico ao autor a tornar-lhe aplicável o perdão judicial é desnecessário tenha ele vínculo afetivo com a vítima.
III – Não se aplica o perdão judicial ao agente de homicídio doloso.
Estão corretas as seguintes assertivas:

 

(Emagis) Sobre o crime de denunciação caluniosa, considerado o disposto no Código Penal, além da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, avalie as assertivas que seguem.
I – Trata-se de delito que exige dolo direto para sua configuração.
II – Ainda que o sujeito ativo, em decorrência da falsa imputação de crime, dê causa à instauração de investigação administrativa em face do sujeito passivo, é possível a configuração do delito.
III – A falsa imputação de fato definido como contravenção é conduta atípica.
Estão corretas as seguintes assertivas:

 

(Emagis) – Sobre o trabalho externo por parte daqueles segregados em estabelecimentos prisionais, considerados os dispositivos legais e a jurisprudência dos Tribunais Superiores, marque a alternativa INCORRETA.

 

(Emagis) – Sobre a graça, a anistia e o indulto, observados os dispositivos legais e constitucionais, além da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, marque alternativa INCORRETA.

 

(Emagis) Sobre princípios do processo penal, é incorreto afirmar que:

 

(Emagis) Sobre a Corte Internacional de Justiça (CIJ), considerado o disposto em seu Estatuto, avalie as assertivas que seguem.
I – A Corte é composta por 15 juízes eleitos para um mandato de 09 anos.
II – Só os Estados poderão ser parte em questões perante a Corte, podendo esta também abrir-se para Estados que não sejam parte de seu Estatuto.
III – Sendo órgão tipicamente jurisdicional, a CIJ não tem competência consultiva.
Estão corretas as seguintes assertivas:

 

(Emagis) Sobre o registro de candidaturas, atento(a) ao que dispõe a legislação eleitoral, inclusive suas alterações mais recentes, avalie as assertivas que seguem.
I – O pedido de registro deve ser acompanhado das propostas defendidas pelo candidato a Presidente da República, Deputado Federal e Senador da República.
II – É regular determinado partido registrar em eleição para deputado federal 20% de candidatos do sexo feminino e 80% do sexo masculino.
III – Tem o candidato que concorre à reeleição prioridade na manutenção dos números pelos quais concorreu na eleição anterior.
Estão corretas as seguintes assertivas:

 

Sentença Federal - Rodada 36.2014

O MINISTÉRIO PÚBLICO DE FEDERAL, em litisconsórcio ativo com o IPHAN – Instituto Nacional do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – e com o Município de Olinda, esses habilitados em momento ulterior, ajuizou ação civil pública contra RODRIGO MARTINS, todos nos autos qualificados e representados, narrando, em síntese, que o demandado promoveu construções ilegais no interior do Mercado Bonde Velho, situado no município de Olinda, prédio tombado pela UNESCO e reconhecido como Patrimônio Cultural da Humanidade.

Expõe que o requerido ergueu tugúrio destinado a lazer, denominado “Bar da Rampa”, adscrito à rampa interna do aludido edifício histórico. Sustenta a ilegalidade do procedimento, que comprometeria as características da edilicidade tombada. Narra que toda a ação foi perpetrada às esconsas do IPHAN e requereu a demolição das acessões, inclusive em sede de antecipação de tutela. Colacionou doutrina e juntou documentos.

A antecipação de tutela foi postergada para o momento da sentença.

O Município de Olinda e o IPHAN foram habilitados como litisconsortes ativos.

Citado, o requerido ofereceu resposta, nela argüindo preliminar de ilegitimidade passiva, ao entendimento de que caberia à pessoa jurídica administradora do “Bar da Rampa” o pólo passivo da demanda, e não a ele. Na matéria de fundo, alegou que os documentos acostados não estavam autenticados e que as fotografias não vieram acompanhadas dos respectivos negativos. Noticiou que mantém contrato de permissão de uso com o município de Olinda, pactuado para após incêndio que destruiu “boxes” ali localizados. Explicou que a autorização foi concedida mediante assunção, de sua parte, do compromisso de reforma do respectivo “box” segundo diretrizes elaboradas pela própria municipalidade. Imputou toda a responsabilidade ao município de Olinda que, a seu ver, deveria integrar a lide no extremo passivo. Sustentou que os aparelhos de som utilizados são empregados de forma regular e que nem mesmo medição de volume teria sido efetuada, rechaçando o requerimento de antecipação dos efeitos da tutela. Pleiteou a improcedência do pedido, juntando documentos, inclusive plantas arquitetônicas.

O Ministério Público Federal aditou a inicial, requerendo a inclusão do Município de Olinda à sujeição passiva, ao pálio de desconhecer, à época da propositura da ação, que as construções foram erguidas mediante autorização da municipalidade e conforme projeto por ela mesma aprovado, mediante sua Diretoria de Patrimônio. Requereu que a condenação gerasse, ao município, a obrigação de, por um ano, promover a veiculação de campanha publicitária elucidativa da importância da preservação do patrimônio histórico, tudo sob supervisão e crivo do IPHAN, do próprio MPF, e deste Juízo. Requereu consulta ao réu sobre concordância ao aditamento e, em caso positivo, a citação e posterior condenação do ente público.

Assentiu-se a inclusão da pessoa jurídica de direito público, pelo que se procedeu à sua regular citação. Em resposta, alegou a entidade municipal a inexistência de aprovação legal para a realização das obras censuradas. Reconheceu a irregularidade da construção e insistiu em sua mantença no pólo ativo. Esclareceu que o requerido era fiador dos antigos locatários, e que o que existe nos autos é uma solicitação por ele efetuada, de autorização para que fosse recomposta a cobertura interna do “box”, destruída pelos cupins, e a externa, danificada pelo incêndio, e, ainda, para adequar os sanitários às exigências de funcionamento. Explicou inviável unir as plantas anexadas pelo requerido com as pretensas autorizadas pela edilidade, mormente quando o pedido de execução da obra difere do praticado pelo réu. Salientou que, conquanto os projetos tenham sido elaborados na Secretaria de Planejamento, eles não contêm aposição do carimbo do órgão competente. Elucidou que se tratava de mero estudo de agenciamento do Mercado Bonde Velho. Ressaltou que o próprio município notificou judicialmente o estabelecimento, que chegou a ser interditado. Sustentou não ter se eximido do cumprimento de seu poder de polícia e informou que o bar apenas continuava em atividade lastreado em liminar concedida pela Justiça Estadual. Ao fim, requereu a improcedência do pedido. Juntou documentos.

Em réplica, o MPF sustentou, quanto à preliminar arguida, que o “Bar da Rampa” nada mais é do que o nome fantasia da empresa individual titularizada pelo demandado, conforme documento apresentado. Até mesmo o alvará de funcionamento do estabelecimento foi expedido em seu nome. Os recibos de pagamento de energia, condomínio e aluguel contemporâneos ao funcionamento do empreendimento, de igual forma, foram emitidos a ele. No mérito, repisou os argumentos da inicial, e indicou que a conduta do réu inclusive consistiria em ilícito penal, a teor do artigo 62 da Lei n. 9.605 (“Esse dispositivo sanciona com até três anos de reclusão quem “alterar o aspecto ou estrutura de edificação ou local especialmente protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial, em razão de seu valor paisagístico, ecológico, turístico, artístico, histórico, cultural, religioso, arqueológico, etnográfico ou monumental, sem autorização da autoridade competente ou em desacordo com a concedida”).


Não foram produzidas outras provas.

É o breve relato.


Com base no relato acima, na qualidade de Juiz Federal Substituto, redija a sentença que julgue os pedidos formulados pelos autores. O relatório é dispensado.

 

PGE/PGM - Rodada 35.2014

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADE condenou diversas empresas exploradoras de serviço de limpeza pela prática de cartel em licitações (art. 36, I, II, III, IV, § 3º, I, da Lei 12.529/2011), na medida em que as condenadas, durante uma década, fraudaram diversas licitações de órgãos públicos federais e estaduais no Estado da Bahia.
O processo administrativo que deu origem à condenação teve origem em provas emprestadas – e outros elementos colhidos na esfera administrativa – de busca e apreensão regularmente deferida e realizada em processo criminal conduzido pelo Ministério Público do Estado da Bahia, que investigava administradores das referidas empresas pela prática do crime de cartel (art. 4º, I e II, da Lei 8.137/90).
O processo criminal em questão teve início com denúncia anônima feita ao “parquet” estadual sobre a existência do cartel. A partir dessa denúncia foi realizada interceptação telefônica e, a partir das conversas interceptadas, foi ajuizada a citada ação de busca e apreensão pelo Ministério Público.
A condenação das empresas cartelizadas na esfera administrativa pelo CADE ocorreu quando ainda em curso o processo criminal. As empresas condenadas ingressaram com ação anulatória da decisão do CADE na Justiça Federal do Distrito Federal.
No processo criminal, por sua vez, foram impetrados habeas corpus por alguns executivos investigados, sendo que um deles, impetrado por Joaquim junto ao Superior Tribunal de Justiça - STJ, foi deferido no sentido de se declarar a ilegalidade das interceptações telefônicas anteriormente deferidas.
Joaquim, nesse passo, pediu, ao juízo de primeira instância na Bahia, que processava a ação criminal, a anulação da busca e apreensão deferida, por ilicitude por derivação, e o conseqüente trancamento da ação penal, por falta de provas. Seu pedido foi deferido.
O Juízo Federal do Distrito Federal, conhecedor da situação acima narrada, em sentença, reconheceu a profusão de provas existentes em relação ao cartel condenado pelo CADE, mas deu provimento à ação ajuizada pelas empresas condenadas por cartel, sob o argumento de que as provas utilizadas pelo CADE foram invalidadas no juízo criminal. 
Na qualidade de procurador federal em exercício na Procuradoria Federal Especializada junto ao CADE – PFE/CADE, elabore o recurso adequado ao interesse da autarquia.

 

Sentença Estadual - Rodada 35.2014

EMAGIS - Rodada 35.2014 - Sentença Estadual:

INOCENTE ajuizou ação ordinária com pedido cominatório e indenizatório em face de “SINAL DE FUMAÇA TELEFONIA S/A” (data do ajuizamento: 01.09.2012).

Alegou que em 15.12.1992 firmou contrato de participação financeira com a companhia ré, tendo o usuário adquirido uma linha telefônica e ações da companhia, isso através de um investimento realizado (participação financeira). O valor desembolsado por INOCENTE foi repassado em uma única parcela, isso na data da contratação.

Para efeito de cálculo da quantidade de ações adquiridas por INOCENTE com o dinheiro investido, a ré utilizou como fator de divisão o VPA (Valor Patrimonial da Ação) apurado na primeira assembleia ocorrida após a integralização da participação financeira pelo autor (tal assembleia foi realizada no dia 02.03.1993, sendo as ações do autor emitidas neste dia). Entretanto, o autor defendeu na inicial que o correto seria a utilização do Valor Patrimonial da Ação estipulado na assembleia da companhia imediatamente anterior ao pacto. O requerente demonstrou que o VPA da data da assembleia anterior foi em valor menor do que na assembleia tomada em consideração pela ré (posterior à integralização), ou seja, o valor de subscrição seria mais baixo. Pelos documentos juntados pelo autor, também foi verificado que o VPA expressado em balancete do mês da integralização da participação financeira ficou em patamar equidistante entre os valores das assembleias anterior e posterior à contratação.

Com base em tal narrativa, pediu o autor que a companhia ré fosse condenada na obrigação de emitir ações em complementação, considerando o VPA da data da assembleia anterior ao pagamento da participação financeira, bem assim no pagamento dos dividendos correlatos e distribuídos no período pela companhia. Na hipótese de não ser mais possível a emissão de novas ações, requereu a conversão do direito em perdas e danos, com a consequente condenação da ré na obrigação de pagar indenização correspondente à complementação das ações a que teria direito, multiplicando-se o quantitativo complementar pela cotação do dia da integralização da participação financeira, devendo receber, também, o valor concernente aos respectivos dividendos. Juntou documentos comprobatórios dos fatos alegados.

Em sua defesa, a companhia “SINAL DE FUMAÇA TELEFONIA LTDA” argumentou, de início, a ilegitimidade ativa do autor, uma vez que já tinha transferido suas ações a terceiro, conforme contrato de cessão juntado aos autos pelo próprio autor. Asseverou que após tal negócio jurídico, realizado um mês antes do ajuizamento da ação, o autor teria deixado de ser acionista da companhia. Também suscitou a ocorrência de prescrição de todas as pretensões esboçadas na inicial, considerando o disposto no art. 287, II, g, da Lei 6.404/76.

No mérito propriamente dito, aduziu que a pretensão de emissão de novas ações tendo como parâmetro o VPA da assembleia anterior ocasionaria uma diluição societária dos demais acionistas, considerando o fato de se diminuir o divisor (VPA), mantendo-se o valor do dividendo (participação financeira realizada por INOCENTE) e sem que ocorresse o devido aporte de capital. Tal diluição seria vedada pelo art. 170, §1º, II, da Lei n.º 6.404/76. Além disso, conforme demonstrado nos autos, a ré não detinha autorização do órgão societário competente para o aumento de seu capital social com o fim de lastrear a emissão de novas ações. Também comprovou a inviabilidade de aquisição de ações no mercado secundário. Relembrou, ainda, que o autor não mais seria acionista da companhia. Quanto ao pedido de conversão da obrigação em perdas e danos, reiterou os mesmos argumentos e, na hipótese remota de procedência, aduziu que a cotação das ações deveria ser aquela do dia da prolação da sentença. Juntou documentos, mas, quanto aos fatos alegados pelo autor, não houve impugnação. Dentro da documentação apresentada pela ré, constou o Estatuto da companhia, havendo em tal ato previsão de pagamento aos acionistas dos juros sobre capital próprio (JCP), sem prejuízo dos dividendos.

Réplica apresentada, tendo o autor refutado todos os argumentos da ré. Especificamente quanto à alegação de ilegitimidade ativa, apontou no contrato de cessão juntado aos autos a existência expressa de cláusula que excluía do negócio os direitos decorrentes de possível complementação acionária. A cláusula estabelecia que direito a possível saldo acionário não faria parte do objeto da cessão.

As partes não requereram produção de novas provas, nem houve instrução oral.
 
Na condição de Juiz de Direito do feito, profira a decisão adequada. O relatório não precisa ser redigido no caso.

 

Defensoria Pública Estadual - Rodada 35.2014

Andrea Goldberg resolveu prestar concurso público para o cargo de assessor admistrativo em um hospital estadual situado na comarca de Vera Estrela. Como não tinha a audição de um dos lados concorreu à vaga de deficiente física.  Ela foi aprovada em ducentésimo lugar, mas devido à condição de deficiente foi nomeada em vigésimo lugar.

 

Sete anos depois da nomeação, o secretário estadual de saúde, Cabriolino Vaz, ao rever certas nomeações entendeu por bem exonerá-la de ofício por vício na nomeação já que a disacusia severa unilateral passou a ser excluída como deficiência física por portaria estadual que regula concursos para o executivo. Datada a portaria meses depois da nomeação de Andrea.  No mesmo ato em que foi exonerada Andrea, e como havia um candidato remanescente do novo concurso para o mesmo cargo que havia sido o único de fora das vagas, mas cujo concurso ainda estaria valendo, foi nomeado Praxedes Comodoro.

 

O salário do cargo é de mil e quinhentos reais mensais com os quais Andrea sustenta a mãe doente e vive de aluguel. O Estado 27 tem todos os servidores estatutários e copia a  lei dos servidores públicos da União (L. 8112/1990) integralmente, bem como a lei do processo administrativo (L. 9.784/1999).

 

O ato de exoneração foi comunicado a Andrea no dia 12 de agosto de 2014. Ela foi procurar a Defensoria Pública Estadual em Vera estrela, comarca em que há varas de todas as competências.

 

Na condição de DPE, promova a peça que julgar adequada, ao mais rápido deslinde da causa, excluída a ação ordinária como opção. Justifique a tempestividade, indicando qual seria o prazo máximo. Times New Roman. Máximo de cem linhas.

 

Defensoria Pública Federal - Rodada 35.2014

No ano de 2001, Estevão Gibraltar, nascido em fevereiro do ano dois mil,  passou a receber pensão por morte em decorrência da morte da avó que tinha sua guarda formal e era servidora pública da União. Foi viver com a mãe, daí em diante. Existia termo de escritura pública em que a avó teria a guarda do menino para todos os fins.

 

Em 12 de julho do ano de 2014, foi cortado o benefício de pensão por morte do garoto, sendo a mãe dele comunicado no mesmo dia. O diretor da parte previdenciária da autarquia federal IMC (autarquia fictícia), de onde partia a pensão,  Antônio Calabar, que tem poderes para conceder e rever os benefícios previdenciários pagos pela autarquia, foi quem assinou o ato de revisão de entendimento da administração pública federal, informando  que a lei geral do regime previdenciário teria função supletiva ao regime próprio. De modo que, a reforma que excluiu como dependente o menor designado do regime geral teria operado efeitos sobre o regime próprio.

 

Ao cortar o benefício de pensão por morte deferido ao menor, de mil e duzentos reais mensais, não promoveu ação de cobrança por entender que as prestações já pagas consistiram em verba alimentar recebida de boa-fé.

 

O garoto tem uma síndrome rara. Não fala, nem escuta e não anda, precisa de cuidados integrais da mãe que não trabalha fora para cuidar dele.

 

Foi, Amélia Gibraltar, a mãe do garoto, ter à Defensoria Pública da União em Vera Estrela, subsecção da Justiça Federal em que há varas federais de todas as competências.

 

Na condição de DPU, promova a peça que julgar adequada, ao mais rápido deslinde da causa, excluída a ação ordinária como opção. Justifique a tempestividade, indicando qual seria o prazo máximo. Times New Roman. Máximo de cem linhas.

 

Discursivas - Rodada 35.2014 - Questão 1

No Processo Penal, em que sentido pode ser afirmado que o efeito devolutivo dos recursos é mitigado? Há algum exemplo concreto? Resposta em até quinze linhas

Discursivas - Rodada 35.2014 - Questão 2

Alfredo descobriu que seu filho menor estava com um câncer bastante raro. Como se encontrava desempregado e diante da necessidade de custear o tratamento médico no exterior, Alfredo decidiu vender um apartamento de sua propriedade para Godofredo pelo valor de R$ 500.000,00. Godofredo não teve conhecimento da situação de necessidade nem do desemprego do alienante, dele não se aproveitando. O negócio foi concluído em 07/01/2009, sendo o título apresentado para registro no cartório de imóveis apenas em 07/01/2012. Em 07/01/2014, contudo, Alfredo se arrependeu de ter fechado negócio, sentindo-se prejudicado com a situação, já que descobrira que o valor de mercado do bem, à época, seria de R$ 1.500.000,00, conforme valor venal constante do cadastro imobiliário para o lançamento de tributos municipais no exercício de 2009. Analise a validade do negócio e a viabilidade de impugnação judicial. Máximo de 15 linhas.

Discursivas - Rodada 35.2014 - Questão 3

Qual a medida sócio-educativa adequada à prática de ato infracional análogo ao tráfico de drogas? Resposta em até 20 (vinte) linhas.  

Discursivas - Rodada 35.2014 - Questão 4

Jusracionalismo e positivismo jurídico: sinônimos? Resposta em até 20 (vinte) linhas.

Discursivas - Rodada 35.2014

No Processo Penal, em que sentido pode ser afirmado que o efeito devolutivo dos recursos é mitigado? Há algum exemplo concreto? Resposta em até quinze linhas

 

Alfredo descobriu que seu filho menor estava com um câncer bastante raro. Como se encontrava desempregado e diante da necessidade de custear o tratamento médico no exterior, Alfredo decidiu vender um apartamento de sua propriedade para Godofredo pelo valor de R$ 500.000,00. Godofredo não teve conhecimento da situação de necessidade nem do desemprego do alienante, dele não se aproveitando. O negócio foi concluído em 07/01/2009, sendo o título apresentado para registro no cartório de imóveis apenas em 07/01/2012. Em 07/01/2014, contudo, Alfredo se arrependeu de ter fechado negócio, sentindo-se prejudicado com a situação, já que descobrira que o valor de mercado do bem, à época, seria de R$ 1.500.000,00, conforme valor venal constante do cadastro imobiliário para o lançamento de tributos municipais no exercício de 2009. Analise a validade do negócio e a viabilidade de impugnação judicial. Máximo de 15 linhas.

 

Qual a medida sócio-educativa adequada à prática de ato infracional análogo ao tráfico de drogas? Resposta em até 20 (vinte) linhas.  

 

Jusracionalismo e positivismo jurídico: sinônimos? Resposta em até 20 (vinte) linhas.

 

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